quinta-feira, 28 de maio de 2015

Duração de mandatos só vai a voto na 2ª semana de junho

O presidente Eduardo Cunha anunciou, há pouco, após reunião do Colégio de Líderes, que as decisões sobre duração de mandatos e coincidência de eleições, que seriam votadas nesta quinta-feira, ficam para a segunda semana de junho.
Na mesma reunião, o Colégio de Líderes definiu os temas que ainda poderão ser votados nesta quinta. O primeiro deles, é o fim das coligações, cuja discussão está em andamento.
Durante a próxima semana, tudo indicam que as votações sobre a reforma política deverão estar suspensas devido à viagem que o presidente Eduardo Cunha fará a Israel, Palestina e Rússia.

Ciro Monteiro interpreta "Se acaso você chegasse"

Considerado por muitos como o maior cantor brasileiro de todos os tempos, Ciro Monteiro faria hoje 102 anos de idade.
Para homenageá-lo, a Rádio Câmara o faz personagem do seu programa "A música do  dia", com um dos seus maiores sucessos: "Se acaso você chegasse", de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins
Morreu em 1973, com 60 anos. Era um fanático torcedor do Flamengo.
Para ouvir e saber mais, CLIQUE AQUI.

Ministro Henrique defende permanência do Brasil no Conselho da OMT

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, participou nesta quinta-feira (28), em Rovinj (Croácia), da reunião do Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT). 
Na pauta do encontro estavam o relatório sobre o turismo na agenda global e as principais atividades de pesquisa ligadas à economia do turismo. Durante o encontro também foram discutidos temas como transportes, facilitação de vistos e diminuição dos impostos das viagens internacionais. 
A reunião é a última antes das eleições, em setembro, que definirão os novos mandatos para membros do Conselho durante os próximos quatro anos. No início deste ano, o Brasil oficializou a candidatura para renovar a presença do país como um dos quatro representantes das Américas. 
Desde 2003 o Brasil ocupa cadeira neste órgão; de 2004 a 2005 como membro da OMT, de 2006 a 2007, como observador (com direito à palavra e sem direito a voto) e presidente da Comissão Regional para as Américas; e de 2008 a 2015, novamente como membro. O brasileiro Márcio Favilla ocupa, atualmente, o cargo de diretor-executivo de competitividade na OMT.
FACILITAÇÂO DE VISTO
Na última quinta-feira (21), Henrique Alves formalizou junto ao Ministério de Relações Exteriores, um pedido para isentar de visto de turistas os norte-americanos entre junho de 2015 e dezembro de 2016. 
De acordo com o estudo de competitividade do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 91ª colocação num ranking de 141 países na dimensão "Abertura internacional". No subitem que avalia o percentual da população mundial que necessita de visto para entrar no país, o Brasil cai para 102ª colocação.
“A barreira do visto representa uma demanda represada, receita reduzida e imagem afetada pela falta de abertura internacional”, afirmou o ministro. 
Texto e foto encaminhados pela Assessoria de Imprensa do Ministério do Turismo.
Para acessar op site do Ministério, clique aqui.

Governador do RN não responde pedidos de audiência de prefeitos

O colunista Gilberto de Souza, da Gazeta do Oeste, publica, nesta quinta-feira, sob o título "Berlinda":

O governador Robinson Faria anda desgastado com os prefeitos. Eles pressionam suas associações. Na Femurn tem prefeito abrindo o bico, soltando cobras e lagartos. Na Amorn, o presidente Ciro Bezerra, não vem aceitando o destrato que a associação recebe. Há quase 3 meses adormece no gabinete do governador uma solicitação de audiência para discutir e buscar soluções para a violência em cidades da região Oeste.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Decisão do STF beneficia Marta Suplicy

O site do STF acaba de divulgar a seguinte nota:

Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu que a perda do mandato em razão de mudança de partido não se aplica a candidatos eleitos pelo sistema majoritário, porque viola a soberania popular. 
A Corte julgou inconstitucionais dispositivos de resolução do Tribunal Superior Eleitoral que aplicavam aos eleitos em pleitos majoritários (senadores, prefeitos, governadores e presidente da República) as mesmas regras válidas para os candidatos eleitos em eleições proporcionais (vereadores, deputados estaduais e deputados federais).
Essa decisão beneficia a senadora Marta Suplicy, de São Paulo, eleita pelo PT, mas hoje no PSB.
O relator da matéria foi o ministro Luís Roberto Barroso. Para ler o testo do seu voto, CLIQUE AQUI.

Ministro Henrique Alves participa de reunião da OMT

O Ministro do Turismo, Henrique Alves, participa, nesta quarta-feira (27), da abertura da 100ª reunião do Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT). Na quinta (28), Alves permanece no evento durante todo o dia, onde se reunirá com líderes de diversos países. O encontro é o último antes das eleições, em setembro, que definirão novos mandatos para membros do Conselho durante próximos quatro anos. 
No início de 2015, o Brasil oficializou a candidatura para renovar a presença do país como um dos quatro representantes das Américas. O Conselho é responsável por executar as resoluções da Assembleia Geral e relatar a execução do programa de trabalho da organização, hoje presidido por Jamaica (Presidente), Moçambique (1º Vice-Presidente) e Croácia (2º Vice-Presidente).
Desde 2003 o Brasil ocupa cadeira neste órgão, de 2004 a 2005 na qualidade de membro, de 2006 a 2007, de observador (com direito à palavra e sem direito a voto) como presidente da Comissão Regional da OMT para as Américas, e de 2008 a 2015, novamente como membro. Além disso, o brasileiro Márcio Favilla ocupa, atualmente, o cargo de diretor-executivo de competitividade na OMT.
Eleição
Segundo os Estatutos da OMT, a metade dos membros do Conselho Executivo é eleita pela Assembleia Geral, de dois em dois anos, para um mandato de quatro anos. O Estatuto também menciona que o número total de Membros Efetivos da OMT determina o número de cargos do Conselho, calculados na razão de um para cinco Membros, de acordo com a distribuição geográfica dos mesmos nas Comissões Regionais.
Texto e foto (de Paulino Menezes) encaminhados pela Assessoria de Imprensa do Ministério do Turismo.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Senado homenageia Nevaldo Rocha por iniciativa de Agripino

Durante a entrega do 6º Diploma José Ermírio de Moraes, nesta terça-feira (26), no plenário, o senador José Agripino (RN) elogiou a trajetória profissional do empresário potiguar Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes. Indicado pelo parlamentar para receber a premiação que reconhece empresários brasileiros que contribuem para o desenvolvimento nacional, Nevaldo Rocha, que é natural de Caraúbas (RN), foi representado pelo filho, Flávio Rocha. O prêmio José Ermírio de Moraes é concedido pelo Senado Federal desde o ano de 2010. 
“Ele é um cidadão que merece nossa homenagem. Tanto que hoje é capa da revista Forbes como um homem que ganhou a vida honestamente, com talento e competência. É um exemplo de brasileiro que tem amor à terra”, disse Agripino. O Grupo Guararapes – que inclui as Lojas Riachuelo, o Shopping Midway Mall e o Teatro Riachuelo - é considerado a maior empresa de moda do Brasil e emprega cerca de 40 mil pessoas nos ramos têxtil, varejista e financeiro. “Eu, como potiguar, tenho a obrigação de homenageá-lo. Nevaldo Rocha contribui para a cultura e o entretenimento da região. Representa um exemplo de conduta como pai de família e também como empresário”, acrescentou. 
Durante a cerimônia, José Agripino afirmou ainda que ser empresário no Brasil é um desafio, principalmente em momentos de crise econômica. “Os empresários enfrentam desafios árduos como a carga de impostos, regras trabalhistas, taxas de juros, inflação que sai do controle, taxa de câmbio. Por isso, eles têm meu respeito porque são empregadores, cumprem regras, pagam salários, garantem direitos e colocam este país em marcha”, frisou o parlamentar. 
O Diploma José Ermírio de Moraes já premiou nomes como Jorge Gerdau, Francisco Ivens de Sá Dias Branco e o ex-vice-presidente José Alencar Gomes da Silva, entre outros. Além de Nevaldo Rocha, os homenageados deste ano foram os empresários Armando de Queiroz Monteiro Filho (PE), João Evangelista da Costa Tenório (AL), Albano do Prado Pimentel Franco (SE), Carlos Alberto Sicupira (RJ) e Antônio Ermírio de Moraes (SP/in memoriam).
Texto e ilustrações encaminhados pela Assessoria do senador José Agripino.


São Gonçalo investe na recuperação de vias públicas

A Secretaria de Infraestrutura de São Gonçalo do Amarante iniciou nesta terça-feira (26) uma operação para recuperação do calçamento das vias públicas do município. O valor do investimento, nessa etapa dos trabalhos, é de aproximadamente R$ 335 mil para recomposição de pavimentação do tipo bripar.

Na manhã de hoje a ação foi concentrada na Avenida Firmino Moura (Centro), via de ligação entre a RN 160 e a rotatória do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves. O trecho, por se tratar de acesso ao aeroporto e integrar a Via Metropolitana, é de responsabilidade do DER, mas estava necessitando de reparos urgentes e o município resolveu adiantar a recuperação.

O secretário municipal de Infraestrutura, Alessandro Gaspar, acompanhou os trabalhos e disse que a operação tapa buracos vai percorrer todo o município. “Inicialmente vamos trabalhar os trechos mais críticos do município e aqueles pontos de maior tráfego de veículos para minimizar os transtornos. Vamos atender também as demandas da população para a recomposição da pavimentação dos bairros”, disse Alessandro. 

Texto e fotos (de Isaías Carlos) encaminhados pela Secretaria Municipal de Comunicação


Hospital de Natal procura identificar paciente vítima de AVC

O Setor de Serviço Social do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) procura pelos familiares ou amigos do paciente, até o momento, identificado como Carlos Alberto de Carvalho, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), no último dia 18 e, desde então, internado no setor de politrauma. 
Trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o paciente chegou acompanhado de um homem que disse se chamar Aldo. Ele forneceu dados pessoais da vítima como o suposto endereço de residência (Rua Francisco Simplício, nº 71, P. Negra) e nome dos pais (Ana Irene Chacon e Francisco Soares de Carvalho), deixando o hospital logo em seguida. 
Nenhuma das informações fornecidas por Aldo foram ainda confirmadas. Também não revelou de onde conhecia "Carlos", nem se há grau de parentesco entre eles. 
Como características físicas, "Carlos" possui: cabelos grisalhos curtos, 80kg, aparenta 60 anos, tem pele morena clara, e 1,78m de altura. 
Qualquer informação que possa levar a identificação de colegas ou familiares deve ser repassada ao Serviço Social do HMWG através do telefone 3232-7533. O setor funciona de domingo a domingo, em plantões de 24h.
Nota encaminhada pela Assessoria de Imprensa do Hospital.

domingo, 24 de maio de 2015

Artigo de Paulo Afonso Linhares

PARA "COZINHAR O GALO"

Paulo Afonso Linhares

A intuição diz que a tão propalada reforma política não acontecerá no corrente ano civil, sobretudo, com tempo suficiente para ser aplicada às eleições municipais de 2016, em face da aplicação do princípio da anualidade ou, como querem outros, da anterioridade eleitoral, descrito no artigo 16, da Constituição Federal ("A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência."), cujo desiderato é preservar a higidez do processo eleitoral, porquanto as leis que venham a modificar essas regras do jogo eleitoral, a despeito de entrarem em vigor de imediato, somente podem ter aplicação às eleições que venham ocorrer pelo menos um ano depois, o que funciona como forte antídoto à tradicional mania brasileira dos casuísmos em matéria eleitoral, muitos dos quais prefigurados nas próprias resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. Aliás, esse princípio é tão forte que sequer é suscetível de modificação através de emenda constitucional, uma vez que o Supremo Tribunal Federal até já firmou entendimento que ele é uma cláusula pétrea e, como tal, goza de imutabilidade.   

Claro, a chamada "classe política" não tem interesse na realização de mudanças de fundo nos sistemas eleitoral e partidário do Brasil, pois, é visível o temor por parte dos atuais detentores de mandatos que possam perder espaços políticos. Assim, com todos os defeitos, imperfeições e teratologias, melhor para a maioria dos congressistas (deputados federais e senadores) é a manutenção do status quo ante, embora algumas mudanças meramente cosméticas e pouco impactantes possam ser realizadas com vistas às eleições de 2016. É a velha e maçante história do mudar, porém, para tudo se manter como está, um dos corifeus do conservadorismo político de qualquer extração ideológica.

Assim, o anseio da comunidade nacional por mudanças nos sistemas eleitoral e partidário deve ser aplacado com respostas pontuais que contemplem àquelas (poucas) questões tidas como consensuais, a exemplo do fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais, aberração que jamais deveria ter existido. Sim, perder alguns anéis para manter os dedos, deve ser o pensamento dos donos do poder. E como fica a questão crucial do financiamento de campanhas eleitorais e atividades partidárias? Não fica nem sai ou muda, apesar dos problemas que faz aflorar, conforme perceptível nos casos atuais do pagamento de propinas milionárias a executivos da Petrobrás que funcionavam como operadores dos partidos e lideranças políticas que os indicaram para os cargos de alto escalão da estatal. Estarrecida a nação brasileira assiste o desfiar desses novelos de ladroagem que estão na base da estrutura do financiamento de partidos políticos e campanhas eleitorais.


Cada vez o prazo para realização do essencial da reforma política fica mais exíguo. Lideranças políticas com assentos nas casas do Congresso Nacional preferem "cozinhar o galo" e apelar para evasivas ou manobras diversionistas, isto quando não sacam do bolso do colete alguma sandice cretina, a exemplo da proposta de ampliação dos atuais mandatos de prefeitos e vereadores, deputados e senadores, para unificar as eleições. Ora, é imperiosa essa unificação, contudo, sem a mínima possibilidade de  extensão de mandatos. Aliás, é fato que na ditadura militar (1964-1985) ocorreu aberração desse jaez, algo impensável no Estado Democrático de Direito. A técnica - efetivamente coisa séria - para unificar as eleições no Brasil, neste momento, seria a realização do próximo pleito municipal (prefeitos e vereadores) para um mandato tampão de dois anos em 2016 e eleições gerais em 2018. O resto é conversa fiada desses espertalhões que apostam na (apenas suposta) ingenuidade do povo e, no máximo, conseguem mesmo é abusar da paciência  de cada cidadão-eleitor deste país. Quo usque tendem?

sábado, 23 de maio de 2015

Uma palavra de gratidão

Devo, de coração, uma palavra de gratidão a todos que, de alguma forma, tudo fizeram para contribuir com a recuperação do meu filho – Cláudio – cuja missa de 7º Dia rezamos neste sábado, 23.

Uma palavra especial à equipe médica e demais servidores do Hospital Giselda Trigueiro; aos doadores de sangue; ao pessoal do Hemonorte; e a todos que nos contemplaram com suas preces, mensagens, gestos e atitudes de solidariedade. 

terça-feira, 19 de maio de 2015

Prefeito Jaime é quem deve conduzir a sucessão em São Gonçalo

"A propósito de pesquisa da Smart publicada hoje no blog do BG, tenho seis coisas a dizer:
1) Claro: Fiquei sensibilizado com a generosidade do nosso povo apontando o meu nome em primeiro lugar entre os mais citados, mesmo que, em nenhum momento, tenha me apresentado como candidato. Muito grato a todos.
2) Honra-me ter sido incluído numa lista onde constam alguns dos nomes mais expressivos do quadro político são-gonçalense, aos quais rendo homenagem pelo que já têm feito em benefício do nosso povo;
3) Continuo achando cedo a discussão em torno de nomes, por entender que o processo sucessório, no nosso grupo político, tem que ser conduzido sob o comando do prefeito Jaime Calado, inquestionavelmente, a mais expressiva liderança do nosso município.
4) Cabe, pois, ao prefeito Jaime Calado, definir quando esse processo deverá ser aberto, no ano da eleição, e organizar um gradual processo de audiência não apenas de todos os partidos, mas de todas as nossas comunidades.
5) Entendo como legítimas as aspirações de todos aqueles que almejam alcançar a Prefeitura, mas tomo a liberdade de externar o entendimento de que, no momento, a nossa prioridade é a defesa de nossa união, pois é assim que melhor poderemos servir ao município de São Gonçalo e à nossa gente.
6) Na política, sou um fiel soldado do meu partido – o PMDB. No âmbito municipal, nossas decisões devem ser compartilhadas com todos os aliados, sem abrir mão da valorização das posições de todos os filiados, com ou sem mandato, especialmente os nossos vereadores (Alexandre Cavalcanti, Pastor Edmilson e Valban Tinoco) e tendo como diretriz básica a fidelidade às nossas lideranças no âmbito estadual – ministro Henrique Eduardo Alves, senador Garibaldi Filho; deputado Walter Alves, presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira e os deputados estaduais – Nelter Queiroz, Hermano Morais, Álvaro Dias e Gustavo Fernandes.
São Gonçalo do Amarante, 19 de maio de 2005

Poti Neto

Vice-prefeito (PMDB)"

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Livro resgata sabedoria popular dos ditados

O gosto pela cultura popular levou a médica Helenita Monte de Hollanda a dedicar 20 anos na coleta de material em viagens pelo Brasil, anotando falas, histórias e estórias, fotografando festas (religiosas e profanas) e atividades laborativas, colecionando objetos que compõem (ou compunham) a casa brasileira e suas demandas, observando e registrando hábitos e costumes. Uma parte desse material está sendo publicado agora com a segunda edição revista e ampliada do livro “Como Diz o Ditado...”, lançado pelo selo editorial da Assembleia Legislativa da Bahia.   Ela alimenta a ambição de desdobrar o seu estudo em vários volumes fazendo um passeio pelos diversos saberes que compõem a cultura brasileira: hábitos e costumes, religiosidade, superstições e crendices, cancioneiro, lendas e contos. Por enquanto os leitores vão ter que se contentar com seu trabalho sobre adágios e ditos populares. “Este livro é o resultado do meu amor pela humanidade e seus saberes, pela brasilidade e seus encantos”, diz.   A obra é composta de mais de 6.200 ditados, com análise sobre a origem de alguns dos mais interessantes. Segundo ela “a noção de que o homem se aprende no homem e não no livro, ensinada por Câmara Cascudo”, a levou ao interior do Brasil largando a especialidade em Ultrassonografia Vascular e a medicina privada para realizar um trabalho mais genuíno de recolha do que há de remanescente na Cultura Popular. No Rio Grande do Norte passou pelo Sertão, litoral e Borborema Potiguar. Na Bahia pesquisou em áreas de identidades culturais distintas: Recôncavo, Sertão, Médio São Francisco e Chapada Diamantina.   A diversidade cultural na própria família e a convivência com bisavós maternos e bisavó paterna, além do gosto pela literatura a fez constatar que a sabedoria tida por popular transita pelo erudito “de modo a não podermos identificar a sua origem: frase erudita que ganhou tom proverbial ou frase popular onde bebeu o autor erudito”. Nesse aspecto ela observa que “ a literatura oral precisa da ajuda da escrita para se manter”. O livro também expressa o desejo de ver os provérbios “mais uma vez na boca do povo”. Na pesquisa encontrou inúmeros provérbios na música e literatura. Embora tenha se arriscado a estudar a origem de alguns ditados, classifica essa busca um tanto inócua “pelo significado dos provérbios diante da subjetividade, assim como pela sua origem: sendo frutos da experiência humana, de suas vicissitudes, são por natureza universais”. A autora  foi  influenciada por Cascudo, Gumercindo Saraiva, Veríssimo de Melo, “todos conterrâneos, entre tantos outros, porém sempre e principalmente Amadeu Amaral”. Sobre o livro diz: “Não conheço maior adagiário na língua portuguesa. Tive o cuidado de compilar agrupando em uma única numeração as variações em torno do mesmo dizer, evitando construir um trabalho que fosse enganosamente extenso, conquanto repetitivo.” Entre os adágios preferidos destaca: - A amar e a rezar ninguém nos pode obrigar - A Quaresma é muito pequena para quem tem o que pagar pela - Asno que a Roma vá de lá asno voltará - Casa quantas mores, terras quantas vejas, vinhas quantas podes, dinheiro quanto contes - Cinza molhada Páscoa embrejada - Com arte e engano se vive meio ano. Com engano e arte se vive a outra parte - Deus me livre de etc de escrivão e de quiprocó de boticário.   Helenita Hollanda é médica cardiologista e ultrassonografista vascular. Potiguar de nascimento reside, atualmente, em Salvador. Dedica-se ao estudo da cultura e religiosidade populares há vinte anos. É autora dos seguintes livros: Basílicas e Capelinhas – um estudo sobre história, arte e arquitetura de 42 igrejas de Salvador (em parceria com Biaggio Talento); Ad Lucem Versus – O luminoso destino de um homem (uma biografia do servo de Deus Padre Monte) e Com a graça de Deus. Em pré edição,  lançou,  em parceria com Dom Nivaldo Monte, O Regalo da Luz. Colabora regularmente com crônicas para a coluna Literatura do site Bahianotícias.

sábado, 16 de maio de 2015

Lucrécia acolhe imagem do seu padroeiro doada por Jaime Calado

A noite desta sexta-feira (15) foi de festa na cidade de Lucrécia, localizada no Alto Oeste do Rio Grande do Norte. A população se reuniu no largo da Igreja Matriz para receber a imagem de São Francisco de Assis, doada pelo prefeito de São Gonçalo do Amarante e a deputada federal Zenaide Maia.
A imagem de São Francisco entrou na cidade em carro aberto e logo em seguida foi conduzida no andor por Jaime Calado, o prefeito de Lucrécia Walter Araújo (Waltinho) e outros fieis. “Desde os 10 anos de idade que tenho um carinho muito especial por esta cidade onde morei com minha família. Hoje estou realizando um sonho de presentear Lucrécia com uma imagem de São Francisco que trouxe da cidade de Assis, na Itália”, disse Jaime.
A recepção da imagem do santo padroeiro do município contou a celebração da Missa de Cura e Libertação do Padre Nunes, pároco da igreja de Neópolis em Natal, que realizou também um grande show louvor para o público presente. Milhares de pessoas participaram da festividade.
Na ocasião, o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, foi agraciado com o diploma de Honra ao Mérito, proferido pela Câmara Municipal de Lucrécia e proposto pelo vice-presidente da casa Rômulo Soares. A deputada federal Zenaide Maia também foi homenageada, recebendo das mãos do prefeito Walter Araújo o título de Cidadã Lucreciense, proposto pelo presidente do Poder Legislativo, Hélio Holanda.
Texto e ilustrações encaminhados pela Secretaria Municipal de Comunicação.





quinta-feira, 14 de maio de 2015

Apelo a doadores de sangue de qualquer tipo

Tenho que pedir mais uma vez: Precisamos de sangue O+ e de qualquer outro tipo para meu filho - Cláudio Alexandre e outros pacientes atendidos na UTI do Giselda Trigueiro, em Natal.
Quem puder nos socorrer, compareça ao Hemonorte, na Av. Alexandrino de Alencar - perto da entrada do Parque das Dunas. 

Mais informações: 84 - 8184-5057 (Vivo) e 84 - 9978-5057 (Tim).
A todos que já nos atenderam, nossa palavra de gratidão pelo gesto de generosidade.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Agradeço aos doadores de sangue pela generosidade. Precisamos de mais

Agradeço a Deus e, também de coração, a cada um dos doadores que já compareceram ao Hemonorte, em Natal, para fazer doação de sangue de qualquer tipo, em especial O+, em nome do meu filho Cláudio Alexandre Cavalcanti, hospitalizado na UTI do Giselda Trigueiro.
O Hospital nos orienta a continuar pedindo e lembra que o sangue doado não ajuda a salvar, apenas, a vida do meu filho, mas, também as vidas de outros pacientes que também estão necessitados.
Assim peço que, quem ainda não foi e tiver condições de ir, que com pareça amanhã, terça-feira, dia 12, ao Hemonorte, na Av. Alexandrino de Alencar, próximo ao portão de acesso ao Parque das Dunas.
Às pessoas que precisarem de informações, peço que liguem para um dos dois números abaixo:
(84) - 9978-5057 e 8184-5057.
Deixo também minha gratidão a todas as pessoas, inclusive colegas jornalistas, que estão me ajudando a divulgar essa necessidade pelos mais diversos meios ao seu dispor, especialmente na Internet e em outros veículos de comunicação.

RN terá congresso de Direito Previdenciário


domingo, 10 de maio de 2015

Artigo de Paulo Afonso Linhares

PENEIROU TUCANO

Paulo Afonso Linhares

Nas sociedades democráticas contemporâneas e a despeito das tensões que a convivência coletiva impõe, inevitavelmente, em razão dos tantos desníveis sociais já ultrapassaram o parâmetro da mera tolerância e buscam superar o estágio seguinte que é o da convivência civilizada e proativa tendo por base o respeito à dignidade da pessoa humana. Em suma, é fundamental que o jogo dessa convivência tenha regras que devem ser respeitadas, mesmos naqueles casos em que devem ser suportados ônus enormes e renúncias mortificantes.
Sobretudo, mesmo com enormes prejuízos até para as instituições, certas chagas devem ser fechadas, drasticamente cauterizadas, encerradas. Não é nenhum segredo, por exemplo, que a eleição do democrata Al Gore para presidente dos EUA foi vergonhosamente fraudada, para permitir a vitória do medíocre republicano George W. Bush. Ressalte-se que onde mais a velha “brejeira” mais ocorreu foi na Flórida e no Texas, estados cujos governos eram chefiados por dois irmãos de Bush. Uma vergonha as cenas explícitas de roubalheira eleitoral. Al Gore protestou pelos meios legais de que dispunha, levando a vexata quaestio às barras da poderosa Suprema Corte que, todavia, encerrou o assunto partindo da premissa de que uma decisão que desfizesse a proclamação do eleito poderia gerar enormes e imprevisíveis consequências para as instituições do país. Literalmente, “botou o dedo no suspiro” e ninguém mais falou no assunto. Bush, medíocre e despreparado, verdadeiramente incapaz de ocupar o cargo de presidente do seu país, tirou os quatro anos de governo. Al Gore “botou a viola no saco” e foi amedrontar o mundo com essa coisa de “aquecimento global”. Deixa quieta!
A propósito, veja-se um exemplo histórico recente: em abril de 1964 o então presidente da República, João Goulart, poderia ter acionado um dispositivo militar para sufocar o golpe tão almejado pelos udenistas e por uma miríade de conservadores, mas, preferiu a opção de simplesmente “jogar a toalha” e que preservasse o mais possível a paz social: rendeu-lhe a amargura do exílio, da morte e, sobretudo, de figurar na História como um líder fraco, afinal já cantava o gênio da nossa raça, Luís Vaz de Camões, que “Que um fraco Rei faz fraca a forte gente” (Os Lusíadas - Canto III, 138). Sem entrar nessa seara e observando com as lentes do bom senso que somente o distanciamento dos fatos – de tempo e de espaço - pode conferir, não resta dúvida que Goulart, a despeito do enorme sacrifício pessoal e familiar, praticou um “beau geste”, fez uma boa ação para preservar vidas de seus concidadãos.
Estas lembranças vêm à mente quando entra em pauta a questão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, como decorrência da não aceitação pelo tucano Aécio Neves e por outras lideranças expressivas da oposição, do resultado das urnas em 2014. Querem um terceiro turno com a retirada manu militari de Dilma Rousseff da presidência. Pediram um parecer a jurista famoso e não menos conservador. O doutor Ives Gandra Martins, como sói acontecer, respondeu favoravelmente dizendo ser possível o impedimento da presidente desde que ficasse claro que teria praticado crime de responsabilidade. Isso, porém, é o ”óbvio ululante” de que falava o dramaturgo Nelson Rodrigues. Não muito fácil vai ser fabricar um “crime de responsabilidade” capaz de tirar a Mulher lá do Palácio da Alvorada.
O mais significativo, neste momento, é que no ninho dos tucanos grassa a discórdia: Fernando Henrique Cardoso e José Serra não querem nem falar nessa história de impeachment da madame Rousseff. Eles sabem, por experiências próprias, que “tem caroço nesse angu”, para usar conhecida expressão popular, de modo que não compartilham da fé cega que tem o senador Aécio de chegar à presidência por essa via. Essa coisa de impeachment de Dilma cheira a golpe. Aliás, outro exemplo merece ser relembrado: Carlos Lacerda pensava que se beneficiaria politicamente com a queda de Jango, em 1964. Lacerda “deu com os burros n’água” e foi expelido da vida pública, igualmente cassado e humilhado pelos militares, seus aliados, que assumiram o poder e que passaram duas longas décadas para devolvê-lo.
Hoje quase ninguém quer esse déjà vu. FHC, Serra e outros oposicionistas certamente recordam-se de uma musiquinha que à época tocava nos rádios, na voz do genial Jackson do Pandeiro, mais ou menos assim: “Ô Peneirou, peneirou, peneirou gavião/ Os ares para voar/ Tu belisca mais não come gavião/Da massa que eu peneirar (....)/ Gavião bicho malvado/ É tinhoso e aventureiro/ Mais da minha fina massa/ Gavião não vê o cheiro/ (...)/ Quem tiver sua fina massa/ Não se de por esquecido/ Pois se eu deixo a minha a toa/ Gavião tinha comido”.  Moral da história: o tucano Aécio Neves e outros bichos que o acompanham podem peneirar, peneirar, beliscar, mas, jamais comer da “massa” que peneiram na Praça dos Três Poderes... 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Preciso de doadores de sangue com urgência

É para o Meu filho - Claudio Alexandre Gouveia Cavalcanti -  que está no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, precisando de sangue de qualquer tipo com urgência, de preferência O+.
Quem puder ir ao Hemonorte, deve fazer a doação em nome dele - Claudio Alexandre Gouveia Cavalcanti. Diga o nome completo.
Precisa dizer, também, o Hospital onde ele se encontra - Giselda Trigueiro (UTI).
O Hemonorte fica próximo ao Parque das Dunas.
Quem precisar de mais informações ligue para 84 - 9978-5057 e 84 - 8184-5057.

Desmentindo pesquisas, conservadores ganham com folga na Inglaterra

O Partido Conservador, do primeiro ministro David Cameron, conquistou 331 lugares da Câmara dos Comuns, contra 232 obtidos pelo Partido Trabalhista na eleição realizada nessa quinta-dia, 7.
As pesquisas divulgadas na manhã do dia da eleição, indicam um empate técnico de 34 a 34% entre as duas principais forças políticas do Reino Unido.
CLIQUE AQUI e leia reportagem em espanhol.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Igreja volta a se debruçar sobre a realidade nordestina em Natal

Estão abertas as inscrições para o Seminário “Nordeste, 60 anos depois: mudanças e permanências”, que acontecerá no período de 27 a 29 de maio, na Escola de Governo Dom Eugênio Sales, situada no Centro Administrativo, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. As inscrições são gratuitas. A promoção é da Arquidiocese de Natal, Observatório Social do Nordeste e Programa RN Sustentável.
O Seminário terá como foco os desafios e as perspectivas de construir uma agenda de trabalho para 2016, em vista aos 60 anos do primeiro encontro dos bispos da Região Nordeste, realizado em 1956, na cidade de Campina Grande (PB). Várias iniciativas, visando o desenvolvimento do Nordeste, nasceram daquele encontro, em 1956. Uma delas foi o Grupo de Trabalho pelo Desenvolvimento do Nordeste, que originou a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).

Programação

A abertura do Seminário acontecerá na quarta-feira, 27 de maio, às 18h, com o credenciamento dos participantes, seguida de saudação do Arcebispo Metropolitano de Natal e presidente do Observatório Social do Nordeste, Dom Jaime Vieira Rocha. Em seguida, haverá lançamento de quatro livros. Nos dias 28 e 29, a programação constará de conferências e mesas redondas. Uma das conferências terá como expositor o Ministro de Estado da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto.
Outro palestrante será o bispo de Ipameri (GO), Dom Guilherme Werlang. Ele é membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Para ter a programação completa, CLIQUE AQUI.
Texto encaminhado pela Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Natal.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Zenaide Maia prestigia "Cavalgada do Sertão"

Idealizada há quatro anos, a Cavalgada do Sertão foi à atração principal deste domingo (03), nos festejos de emancipação política de Messias Targino, na região Oeste potiguar. 
A concentração dos cavaleiros e amazonas aconteceu na fazenda Boa Vista, no município de Janduís, tendo o encerramento na Fazenda Cangaíra, do agropecuarista Paulo Targino. As boas vindas foram dadas pelo prefeito Arthur Targino. 
Quem fez questão de prestigiar o evento foi a deputada federal Zenaide Maia (PR/RN), que ao lado do presidente estadual do PR, João Maia, do prefeito Arthur Targino, da ex-prefeita e presidente do PR Mulher, Shirley Targino e demais correligionários, destacou a importância que a Cavalgada do Sertão representa para a região. 
“Um evento como esse é muito importante para toda a região. Eu fui criada no sertão e sempre andava a cavalo. Eu sei como a cavalgada, o forró, os animais são importantes para o povo sertanejo. Isso mantém acesa nossa cultura nordestina", declarou Zenaide Maia. 
Texto e ilustração encaminhados pela G7 Comunicação.

domingo, 3 de maio de 2015

Artigo de Paulo Afonso Linhares

A AMEAÇA DA PLUTOCRACIA

Paulo Afonso Linhares

Até as pedras, do Oiapoque ao Chuí, sabem que a reforma política é inadiável e urgentíssima; todas as forças presentes no tabuleiro da política brasileira consensualmente desejam, em variadas gradações, a realização dessa reforma. Contudo, inevitavelmente as divergências afloram quando se trata da qualidade e aprofundamento das mudanças que se pretendem implementar nos sistemas eleitoral e partidário, com reflexos importantes na própria feição do Estado brasileiro estampada na vigente Constituição da República.

Aliás, ressalte-se que o constituinte de 1988, a despeito da generosidade com que traçou o elenco de direitos fundamentais e garantias de cunho individual, coletivo e metaindividual, nas dimensões das chamadas liberdades civis, dos direitos sociais e econômicos, foi muito tímido e não menos reticente quando desenhou as grandes linhas do (então) novo perfil político-institucional do Brasil, com prevalência do figurino mais conservador e pouco democrático, para evidenciar a hegemonia da elite política em detrimento do conjunto da sociedade civil, como se esta fosse incapaz de estabelecer as balizas institucionais dos mecanismos de legitimação do poder político. Já no século XVIII, o Barão de Montesquieu ponderava que “[...] O povo é admirável para escolher aqueles a quem deve confiar parte de sua autoridade (...) Mas saberá ele conduzir um assunto, conhecer os lugares, ocasiões e momentos mais favoráveis para resolvê-lo? Não: não saberá” (Montesquieu, O espírito das leis, 1748). Esse viés elitista lastimavelmente prevaleceu no processo constituinte de 1988.

Assim, o avanço enorme de ter instituído um regime político híbrido em que alia a democracia representativa (ou indireta), como regra geral, a elementos da democracia participativa (direta e semidireta) previstos no art. 14, incisos I a III, da Constituição Federal, esbarrou nas (inviabilizantes) exigências constitucionais e legais para realização de plebiscitos, referendos e iniciativas populares de projeto de lei. Muitas outras distorções, todavia, permeiam esse sistema político, a começar pele proliferação de partidos políticos (hoje são 28 organizações partidárias), pela manutenção de um frágil sistema de voto proporcional nas eleições parlamentares (à exceção das eleições para o Senado Federal, que são pelo sistema majoritário), a ausência de mecanismos capazes de coibir os abusos do poder econômico e político nas eleições, sobretudo, consubstanciados nos financiamentos de campanhas eleitorais e de partidos políticos por empresa ou pessoas físicas privadas, que terminam por substituir a democracia por um regime meramente plutocrático, ou seja, a expressão da hegemonia política dos detentores do capital financeiro.

Neste momento em que a necessidade de se realizar a reforma política se tornou consensual, é vital entender que dois projetos antagônicos prevalecem: a) o projeto de cariz conservador centrado no financiamento privado de partidos políticos e campanha eleitorais, o que enfatiza o caráter plutocrático já referido, ademais de uma menor intervenção nos negócios partidários e mesmo nos processos eleitorais, inclusive com a introdução do voto facultativo; e, b) o projeto encampado por amplos segmentos da sociedade civil organizada que tem como pedra de toque o financiamento público das atividades partidárias e eleitorais, a manutenção do voto obrigatório e a manutenção de um rígido controle estatal das eleições e das atividades partidárias, embora mantida a natureza jurídica de pessoa jurídica de direito privado para o partido político.

No primeiro caso, pode-se afirmar que o financiamento privado (legal ou, sobretudo, o ilegal) de partidos políticos e campanhas eleitorais, como praticado no Brasil, está na base dos escândalos políticos que assolam a frágil democracia brasileira inaugurada com o fim da ditadura militar em 1985, impondo um enorme déficit de legitimidade, pois, dispendiosas campanhas eleitorais impedem o acesso do cidadão comum a cargos eletivos e desestimulam a sua participação política, transformando os negócios públicos em expressões dos interesses empresariais privados. No segundo, o grande problema do financiamento público de partidos políticos e campanhas eleitorais é o aumento do ônus financeiro de um Estado já hipertrofiado que já gasta muito e mal os recursos que drena da sociedade. Através da PEC nº 352, o bloco conservador no Congresso Nacional pretende literalmente escancarar o financiamento privado, o que significa uma verdadeira formalização da plutocracia brasileira. No lado oposto, caminham os defensores do projeto democrático-popular. Quem vencerá? Façam-se as apostas.