quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Juscelino "era um democrata autêntico" - atestou general de 1964

 O ex-presidente Juscelino Kubitschek "era um democrata autêntico" - atestou em abril de 1965, um dos generais mais influentes de 1964 - Mourão Filho.

Na época da entrevista, "concedida a um órgão da imprensa carioca", segundo reportagem difundida pela Agência de Noticias Meridional e que, em Natal, foi publicada no Diário de Natal do dia 5 de abril daquele ano, Mourão era presidente do Superior Tribunal Militar.

Segundo ele, o então presidente Castelo Branco não chegou ao posto como uma opção militar: "Foi candidato da Câmara e do Senado, cujos membros acabaram por elegê-lo".

E foi mais adiante o general Mourão em seu desabafo:

- O presidente foi eleito pelos políticos que, mais tarde, ele mesmo perseguiu".

Mourão cita que Castelo reuniu-se com JK, "na residência do senhor Joaquim Ramos", recebendo garantias de que seria respeitado.

Dessa reunião - acrescentou - participaram o sr. Amaral Peixoto e "outras pessoas".

A reportagem assinalou que Mourão Filho estava indignado porque, dias antes, o general Costa e Silva, lera uma lista de chefes militares revolucionários, num programa de TV em São Paulo, e dessa relação não constava o seu nome.

Concluiu dizendo:

- Enquanto descíamos de Minas, ele conspirava, muito bem resguardado, em apartamentos da Zona Sul, no Rio de Janeiro.

RN, 1965 - Campinense volta a fazer a festa no JL

 Pois é:

A invencibilidade de "muitos anos" que o Campinense (PB) construiu no Estádio Juvenal Lamartine, em Natal, acabou confirmada no amistoso disputado no domingo 4 de abril de 1965 contra o Alecrim. Na época, o Alecrim era bi-campeão do RN e acertara a partida numa tentativa de quebrar esse tabu.

Não deu - conforme registro no Diário de Natal do dia 5 - uma segunda-feira. Perdeu de 4x2.

Quem quiser ler a reportagem da época é só acessar a página do saudoso Diário de Natal. Nela, tem uma foto do emblemático Paulo Saulo com o seguinte registro na legenda; "O Campinense continua flanando em Natal".

Foi anunciado que as duas equipes voltariam a se enfrentar no sábado seguinte.

Mais na frente vou procurar saber o que aconteceu e conto pra vocês.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

RN, 1965 - Quando o Campinense fazia recreio no JL

Outra nota que me chamou a atenção, num Diário de 1965, dia 3 abril, foi a respeito de um amistoso que seria realizado no Juvenal Lamartine no dia seguinte (um domingo) entre Alecrim e Campinense.

Na época, o Alecrim era o bicampeão potiguar.

A manchete da página diz tudo:

Alecrim quer evitar que “J. Lamartine” continue sendo o recreio do Campinense.

- O fato é que a invencibilidade de muitos anos que (o Campinense) vem sustentando conta quadros locais faz com que o torcedor deseje sempre ver o Campinense e esperar um revés em Natal.


RN, 1965: Governador convida oposição a visitar suas obras

Registro da coluna “Política” do Diário de Natal em 02-04-65: Governador Aluizio Alves convida a oposição para visitar obras do seu governo, oferecendo-lhe transporte e hospedagem. Oposição responde que aceitará o convite se lhe for disponibilizada a contabilidade referente às realizações. 

Ou seja. Apesar de radicalismo da época, o “nível” era outro.


sábado, 20 de fevereiro de 2021

Uma senhora massagem no ego de brasileiros. Pelo menos no meu

Falando português brasileiro sem sotaque estrangeiro, o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Acopov, concede entrevista a Marcelo D'Angelo, na Bandnews Tv.

Já peguei no final. Por volta das 12,20 - 12,30, deste sábado 20-02-2021.

O diplomata pronunciou importantes palavras de amor ao Brasil, destacando que aqui passou momentos marcantes e inesquecíveis de sua vida.

Foram 20 anos em três momentos diferentes, começado nos anos 70, logo no inicio de sua atuação na diplomacia. Suas duas filhas - revelou - cresceram aqui e hoje, residentes na Rússia com suas famílias, não esquecem o quanto o Brasil marcou suas vidas.

Agora, voltando ao seu país, assinalou não saber o que o destino lhe reserva, mas asseverou:

- Graças a Deus, posso dizer que o Brasil sempre me terá como um grande amigo.

Confesso - digo eu agora, depois de ouvir palavras tão generosas de um estrangeiro e conhecedor de boa parte do mundo - nesses momentos em que tantos compatriotas falam tão mal do próprio país: as palavras do embaixador funcionaram como uma grande massagem no meu ego. E não somente no meu - acredito.

E complemento dirigindo-me a ele onde estiver, mesmo sabendo que não o encontrarei:

- Muito obrigado embaixador. Que Deus continue a abençoá-lo.

TEOR DA ENTREVISTA

Atraído pelo generosidade das palavras do embaixador, fui atrás da íntegra de sua entrevista e a encontrei no portal da BANDNEWS TV.

- Vou deixar uma parte da minha alma neste generoso país, com esse generoso povo - afirmou o embaixador Akopov logo no início da entrevista, ao anunciar que, em breves dias, encerrarrá sua missão no Brasil.

O embaixador não escondeu entusiasmo diante dos entendimentos efetivados entre a Rússia e vários "parceiros" brasileiros, especialmente o grupo empresarial "totalmente" nacional - União Química - que foi escolhido para produzir a vacina russa Sputinik 2 em suas três fábricas brasileiras - entre elas a do Distrito Federal.

Os testes internos estão em andamento e frisou que, "brincando", sugeriu que a denominação da vacina ganhasse duas novas letras e passasse a ser "Sputinik 2 BR".