O governador Robinson Faria chega ao final do seu terceiro ano de governo literalmente atolado.
Atolado em problemas.
Foram três anos perdidos para a tarefa de restabelecimento do equilíbrio fiscal do Estado. Aliás, não foi dado um único passo concreto com esse objetivo.
Robinson fez a campanha e assumiu o governo dizendo que o problema do Estado não era de falta de recursos. Era de gestão.
Ele ia mostrar como é que se faz - dizia.
E exemplificava. A crise nos hospitais iria resolver, pessoalmente, colocando o seu birô nos corredores do Walfredo Gugel.
Todos sabem que, sob a gestão de Robinson, a questão da saúde como um todo e a de superlotação dos hospitais em particular só fizeram piorar.
O mesmo pode-se dizer da segurança pública. Nem se fala mais na "Ronda cidadã".
Tão logo assumiu, Robinson demonstrou que faria um governo não digo irresponsável, mas, no mínimo, temerário em matéria de responsabilidade fiscal.
Para provar que dinheiro não era problema, simplemente meteu a mão em recursos da previdência social logo no primeiro mês da gestão - e no segundo - e no terceiro - até que o dinheiro acabou.
Esse dinheiro - teoricamente - ele vai ter que repor. Mas, como o fará? Nem o diabo sabe.
É diante dessa incerteza que ele chega ao final do 3º ano de governo.
Devendo 3 meses de salário de 2017 (novembro, dezembro e o 13º).
Infelizmente, para os servidores que precisavam (por necessidade) acreditar na sua basófia de que cairia do céu uma ajuda do governo federal.
Nenhuma pessoa de bom senso podia acreditar nesse milagre. Não por perseguição ou por maldade do governo federal. Simplesmente porque, mesmo que estivesse sobrando dinheiro em Brasilia (e todos sabem que não está), a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal proibem.
Agora, é fato, o governo federal acena com a intermediação do um empréstimo. Mas, ninguém pode se iludir.
Um empréstimo desses enfrenta um longo processo de negociação.
Até porque, quem o emprestar, precisa ter a garantia de que vai receber.
Assim, até que esse empréstimo venha a sair, muito tempo ainda terá que passar, até que o estado do RN, primeiro, demonstre que fez a sua parte no processo de ajuste fiscal; e, segundo, que o governo Robinson comprove que terá condições de pagá-lo.
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