quarta-feira, 11 de maio de 2011

A casa caiu. Vamos deixá-la no chão?

Saída pra Educação, já!*

É muito importante que os pais que têm filhos matriculados em escola pública, principalmente, a visitem, pelo menos, uma vez por semana.
Esse gesto terá vários significados:
Primeiro, o interesse pela educação dos filhos; segundo, o seu reconhecimento da necessidade de compartilhar os desafios que a escola pública enfrenta.
Se a escola tem problema, por mais simples que seja, não deve, nem pode ficar escondido. Do mais simples ao mais oneroso. Da falta de professor à falta de merenda, um dia sequer, tem que ser denunciado.
Problema não é coisa pra se ficar juntando.
Quanto mais cedo for enfrentado, menos complicado será o caminho da solução.
É obrigação do poder público oferecer à sociedade uma escola pública digna; uma escola pública de qualidade.
Se isso não ocorre, tem que ser denunciado.
Mas, não apenas isso porque, na maioria das vezes, a denúncia, por si só, nada resolve.
Às vezes até, piora. E aí?
Entendo que a educação é tão fundamental que também defendo o despertar da sociedade para que assuma as falhas e as omissões do poder público.
Afinal, a sociedade é que elege os governantes e se eles deixam a escola pública na situação em que se encontra, a sociedade não pode simplesmente lavar as mãos como se não tivesse nada com isso.
Tem e muito. Ou a sociedade não tem nada a ver com isso?
Domingo passado, o Fantástico, da Rede Globo, expôs a administração de Natal à vergonha nacional por conta da triste situação da merenda numa escola municipal. Ontem, aqui no NOVO JORNAL, uma constatação: A merenda, enfim, está restabelecida em toda rede municipal visitada, mas pela qualidade dela ninguém bota a mão no fogo. É duvidosa.
Ora, não existe escola pública de qualidade, se não existe também uma merenda escolar de qualidade acima de qualquer suspeita. Isso é básico. É fundamental.
Lembro de ter lido recente artigo do professor João Faustino defendendo a formulação de um pacto em favor da educação pública.
A tal ponto de gravidade a situação chegou que, sob a visão de Faustino, do poder público sozinho não se pode mais esperar tudo.
Para ele, há que haver uma mobilização geral para a formulação de um pacto que vise a salvação da educação pública no RN. Por que não ouvi-lo?
Por que não aproveitar a sua larga experiência de especialista que passou – digamos – por “todos os lados do balcão”, como aluno, pai, professor e gestor, a fim de nos trazer uma luz que retire da falência o sistema educacional potiguar?
Não pode haver hora mais oportuna que a atual.
* Artigo que assino na edição desta quarta-feira do NOVO JORNAL

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários críticos sem identificação não serão aceitos.