O jornal oficial do Governo de Cuba - GRANMA - afirma, em editorial datado de ontem, dia 15, que os autores de noticiais caluniosas contra o regime, "não deverão ficar na impunidade".
O editorial refere-se à "tentativa" da midia internacional a serviço dos Estados Unidos de transformar num fato político, a morte de um dissidente, vítima de pancreatite.
GRANMA afirma que a imprensa internacional é abastecida por "informante premiados", numa suposta referência a dissidentes, como Yoani Sanchez, que tem recebido sucessivos prêmios internacionais por sua luta em favor da liberdade de expressão e por uma abertura política em Cuba.
- Curiosamente - diz o editorial em tradução não profissional - todos eles calam diante de um milhão de mortos civis no Iraque e no Afeganistão e diante de invasões a paises soberanos com a utilização de aviões não tripulados.
- São campanhas sem limites políticos, nem éticos, que se chocam com a força moral de Cuba e só mancham seus autores.
- Mas - destaca - não conseguem desviar os cubanos dos seus ideais de independência e de socialismo, nem confundir aos povos do planeta que, apesar de tudo, descobrem com sua sabedoria e instinto, aonde está a verdade.
Referindo-se ao caso específico do dissidente morto há poucos dias - "72 horas", segundo o editorial - o GRANMA ressalta que, "pelo menos, deveriam reconhecer o erro e pedir desculpas à família, cuja dor não respeitaram".
NOTA MINHA - Acompanhei o caso desse dissidente pela imprensa. Até agora tinha preferido não abordá-lo aqui, por não me sentir suficientemente esclarecido diante das versões de ambos os lados. A TV cubana chegou a divulgar entrevistas com familiares do falecido, endossando a versão do Governo, afirmando que ele não havia se queixado de ter apanhado da polícia e julgando falsas as versões nesse sentido.
CLIQUE AQUI para ler (em espanhol) o editorial do GRANMA intitulado "Fabricar pretextos".
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