quarta-feira, 4 de maio de 2011

E Bin Laden? Vai ficar mesmo pelo fato consumado?

Tenho minhas dúvidas*

Pra mim, Osama Bin Laden já tinha sido executado há muito tempo.
Sempre foi difícil aceitar a versão norte-americana de que ele, apesar de toda estrutura material e tecnológica de que precisava ser acompanhado, era um homem praticamente invisível. Praticamente, não. Invisivel mesmo, a ponto de não permitir que o serviço de inteligência mais caro do mundo passasse 10 anos, 24 horas por dias atrás dele, conseguisse sentir, sequer, o seu cheiro.
Na minha imaginação, isso era absolutamente impossível de acontecer. Muito mais lógico era supor exatamente o contrário: Primeiro: Algum tempo depois do 11 de setembro de 2001, ele foi localizado e preso por forças norte-americanas; ou segundo, fora abatido no curso de uma das últimas investidas para capturá-lo. Só que, em qualquer dos dois casos, não interessava ao governo americano da época, comandado por George Bush (filho), simplesmente anunciar que chegara ao fim a trajetória de terror do criador e líder da Al Qaeda.
Pelo contrário, interessava ao então presidente americano ter Bin Laden, não apenas “vivo”, mas solto e “invisível”, ameaçador, assim fortalecendo a teoria da conspiração do medo coletivo que sedimentou a campanha da reeleição de Bush em 2004.
Os fatos da época alimentavam essa suposição. Entre 2001 e 2004, foram muitas as “aparições” de Bin Laden em vídeos amplamente divulgados por TVs “árabes” e pela Internet, ameaçando os americanos com um 11 de setembro ainda mais devastador e letal. E, cada vez que isso acontecia, isto é, cada vez que um vídeo desses era exibido, mais pontos as pesquisas atribuíam a campanha do presidente Bush em busca de um novo período na Casa Branca.
E eu: “Se esse cara realmente está vivo, fazendo o que dizem que está; só pode encontrar-se a serviço do próprio Bush”. Por que eu pensava assim? Primeiro, porque nenhuma de suas ameaças se concretizou; e segundo, porque só havia um beneficiário dessas ameaças – o presidente norte-americano, como as urnas confirmaram em 2004.
Quando foi domingo agora, comecinho da segunda-feira no Brasil, vem o presidente Barack Obama, sucessor de Bush Filho, ocupa uma rede internacional de comunicação e solta a grande nova: “Enfim, Bin Laden foi abatido”.
Claro, a notícia ganhou todas as manchetes do mundo. Mas, pra mim, como para outras pessoas que já não aceitam mais o fato consumado que há anos tentam nos impor, falta o principal: A prova técnica: o cadáver.
Infelizmente, até a hora em que escrevo estas linhas, a governo norte-americano se recusava a apresentá-la. É um direito dele. Alega que uma foto de Bin Laden abatido será um instrumento de estímulo ao terror. Pode até ser. Mas, daqui pra frente, eu, pelo menos, só acredito vendo.
*Texto do artigo que assino na edição desta quarta-feira no NOVO JORNAL.

Um comentário:

  1. Essa teoria é totalmente descabida, pois Bush teria que ter combinado com a oposição Democrata, que agora diz ter capturao o terrorista. Portanto, não faz sentido que os dois presidentes soubessem e concordassem com a farsa. Não vejo que os americanos precisem de desculpas como essa para a guerra ao terror, afinal eles atacaram o Iraque com base em outra teoria. Além do mais, se Laden já estivesse morto, os próprios membros da Al Qaeda teriam revelado e tentado transformá-lo em um mártir.

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