quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Será Micarla uma carta fora do baralho?

Sucessão em Natal(*)

À exceção do deputado petista Fernando Mineiro, que se colocou como aspirante à indicação do seu partido para disputar a sucessão da prefeita Micarla de Sousa, os demais pré-candi-datos, em palavras, tentam desconversar, como fez esta semana o deputado Felipe Maia ao ser entrevistado por Felinto Rodrigues e Robson Carvalho;
- Já estão falando nisso? Mal saímos da eleição de governador...
O certo é que, no último final de semana, em sua coluna no “Jornal de Hoje”, Alex Medeiros fez uma lista de 11 pré-candidatos a prefeito de Natal. Onze. E ainda estava incompleta, conforme questionou a colega Ana de Fátima que, logo perguntou:
- E aonde é que ficam a ex-governadora Wilma de Faria e o ex-prefeito Carlos Eduardo?
Pois é. Realmente, Wilma e Carlos não constavam da lista elaborada por Alex Medeiros. Tudo bem. Nomes de pré-candidatos têm pra todos os gostos, inclusive, e especialmente, dos próprios nomes.
Mas, no caso, pelo que entendi, a intenção de Alex não era a de dar, agora, uma informação completa e acabada sobre quem deseja se candidatar à Prefeitura de Natal em 2012. O propósito do consagrado colega foi chamar atenção para distância entre o pensamento dos políticos e o pensamento das ruas.
- Nas ruas – disse ele – fala-se até em profecias do fim do mundo, menos em perspectiva de uma eleição.
E é verdade. As duas coisas são verdades. A articulação de bastidores visando a construção e/ou consolidação de candidaturas; e a despreocupação popular com o que poderá acontecer daqui a um ano e pouco na sucessão da prefeita Micarla de Sousa.
Tudo tá ainda muito no começo. Agora, salta aos olhos, a convicção, aparentemente generalizada, de que todo mundo é japonês. Por uma razão muito simples: julga-se que o nome que poderia ser o mais forte dentre todos os concorrentes – o da prefeita Micarla de Sousa, chega a este momento da pré-campanha, com chances mínimas de consolidação.
E se ela conseguir se recuperar? Dizer que é fácil conseguir, não vou dizer. Mas, também não vou dizer que é impossível. Na realidade, pelo tempo que a prefeita perdeu nesses dois primeiros anos e pelo caminho que ela definiu como trilha, mais fácil será não conseguir.
Mas, quem sabe? O futuro a Deus pertence. O grande desafio de Micarla é cair na real. Botar os pés no chão. Reencontrar-se consigo mesma e trazer para o seu governo o talento e a competência com que desempenhou a sua missão no tempo em que era uma simples candidata.
Aí, realmente, o quadro poderia mudar. O tamanho da lista de Alex e do espanto de Felipe, portanto, está na dependência do que ainda vai acontecer. Ou não.

(*) Este é o artigo que assino na edição desta quarta-feira do NOVO JORNAL.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários críticos sem identificação não serão aceitos.