quarta-feira, 13 de julho de 2011

Voltando ao batente*

Três semanas de férias forçadas depois, a volta ao batente.
Foi um período de poucas mudanças.
Principalmente, no quesito relacionado com os problemas que afligem à população. Mesmo assim, uma coisa ma perece inquestionável: a cada dia está diminuindo o campo de manobra de que disponhem os governantes brasileiros.
Não apenas porque suas dificuldades e desafios aumentam numa velocidade extrema (na hora de suprir os anseios da população) numa proporção, portanto, diametralmente oposta àquela em que ganham melhores condições para superá-los.
Outro fator de encurtamento do campo de manobra das lideranças políticas é que o povo não lhes dá um norte a respeito do rumo que pretende seguir, como revelaram os números da última pesquisa por aqui divulgada.
São vários os ângulos com que uma pessoa pode direcionar a avaliação que faz de uma pesquisa, inclusive o ângulo da comparação com o último resultado eleitoral.
Sob esse aspecto, então, salta uma evidência: Os derrotados de ontem não são os mesmos de hoje.
Serão os de 7 de outubro de 2012?
Não me arrisco a responder.
Qual o norte, qual a indicação, que a realidade mostrada por essa pesquisa traz? Que lição dela podem tirar aqueles que se dedicam à prática política? Qual o perfil de candidato o povo está delineando como o ideal para a batalha eleitoral do próximo ano?
Imagino que, a esta altura dos acontecimentos, os estrategistas dos diversos partidos e campanhas devem estar perdidos.
O povo está sendo sincero ou aprendeu a jogar? O que norteou o julgamento do povo há dois anos? O que está norteando a manifestação popular nos dias atuais? Quais as principais diferenças entre um momento e outro – na cabeça da população e na realidade? O que é que vai pesar mais na sua decisão em 2012?
São perguntas que só um cientista político muito bem informado poderá se arriscar a responder. Uma outra que não quer calar e que deixo aqui para estudiosos e curiosos:
- Por que a população tem sido tão inclemente com a prefeita Micarla e a governadora Rosalba e tão condescendente com a presidente Dilma?
E outra:
- Micarla e Rosalba poderão ser o Carlos Eduardo e a Wilma de amanhã?
* Texto do meu comentário na edição do NOVO JORNAL nesta quarta-feira.

2 comentários:

  1. Jornalista Paulo Tarcisio, ficamos felizes com sua volta. Qualidade e ética são indispensáveis para o seguimento jornalístico. Na sua ausência foram inúmeras frases e comentários sobre sua competência, com ênfase para ética e integridade. Parabéns! Abraços do JURACIR e dos que fazem o casarão da extinta-CERN, sucedido pelo DEI-Departamento Estadual de Imprensa (Jornal A República).

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