De bem intencionados, o cemitério está cheio – diz o provérbio
popular.
Mas, sempre vale a pena ter esperança.
Foram estes dois pensamentos que me vieram à mente na manhã
desta terça-feira, dia 26/2, quando li a nota emitida pelo ministro Garibaldi
Filho (PMDB), deputado Henrique Alves (PMDB), senador José Agripino (DEM), deputado
João Maia (PR) e deputado Ricardo Mota (PMN).
Essas cinco lideranças, pela primeira vez (que eu me lembre)
na história política do RN, decidiram arquivar (claro, por enquanto) seus projetos
pessoais em nome dos interesses maiores do Estado.
Isto é: Adiaram a discussão em torno da próxima eleição e optaram por juntar suas forças políticas em
defesa de soluções estruturantes e administrativas de que está carecendo o Rio
Grande do Norte.
- Em nenhum momento de nossa história recente – disseram –
tantos potiguares ocuparam funções cuja importância pudesse determinar mudanças
estruturantes no processo de desenvolvimento do RN.
E completaram (em outras palavras, claro):
- Vamos aproveitar este momento.
Garibaldi (ministro), Henrique (presidente da Câmara e o
2º na linha de sucessão da Presidência
da República), Agripino (presidente nacional do DEM), João Maia (presidente
estadual do PR) e Ricardo Mota (presidente estadual do PMN) convocaram os
demais partidos a vestirem a mesma camisa do RN junto ao governo federal.
Infelizmente, não será fácil conquistar essa adesão. Mas, também
não é impossível. Nunca, como agora, o RN precisa tanto de que os interesses
pessoais de gregos e troianos, sejam relegados. Se as demais lideranças ouvirem
o clamor de quem tá doente e não é atendido; de quem está inseguro e não tem
como se proteger; de quem tá desempregado e sem esperança, aí não terão nem o
que discutir. “União já!” em favor de desenvolvimento.
O problema é que o
egoísmo parece ser algo inerente à atividade política. Quase sempre, quem tá no
governo, quer esmagar a oposição; quem
tá na oposição, quer que o governo fracasse, sem ligar para a verdade maior de
que é o povo, especialmente o mais pobre (a maioria) quem acaba tendo que pagar
a conta.
Ainda é muito cedo para dizer se essa saudável proposta de
união política (não é uma união eleitoral) conseguirá avançar e se concretizar.
Agora, para o RN, uma coisa é certa: Esta é a cartada final.
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