quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Derrotado, Sandro Mabel teve votação surpreendente

A votação do deputado Sandro Mabel (PR-GO) como candidato a presidente da Câmara – 106 votos – foi um alerta para o governo da presidente Dilma.
Alerta por que?
Porque Mabel teve muito mais votos do que, na realidade, ele próprio esperava – sozinho, sem o apoio do próprio partido, deputado sem maior expressão fora do seu Estado, carregou votação superior ao número de votos da maior bancada da Câmara, a do PT, que tem 89 deputados.
Mais do que isso: a votação de Mabel foi superior à soma de todos os votos do PSDB (53) e do DEM (43).
Não se conhecia uma liderança de peso na Câmara que não estivesse com prometida com a candidatura oficial do petista Marco Maia (RS).
Aliás, de todos os partidos ali representados, só um – o PSOL – não estava fechado com a candidatura de Marco Maia. E também não deu nenhum voto a Mabel. O PSOL votou fechado no seu próprio candidato – Chico Alencar (RJ).
Quer dizer: o petista contou, efetivamente, com todo incentivo, com todo apoio, com toda estrutura e com toda força da máquina governamental.
Ou seja: Mabel corria o risco de ser desmoralizado politicamente. E até se preparou para isto, como deixou claro ao relatar telefonema que recebeu dos filhos – “Mesmo correndo o risco de ter somente um voto – o seu, você não pode se acovardar. É melhor morrer de pé do que viver agachado”.
Resta saber, agora, se o seu PR vai concretizar a ameaça de expulsá-lo.

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