O grupo de bispos do Nordeste que esteve visitando áreas onde são realizadas obras da transposição do São Francisco emtiram documento cobrando mais rigor na fiscalização das obras e considerando insuficientes as providências voltadas para a revitalização do rio.
Segundo assinalam, o trabalho de revitalização praticamente não existe no trecho do São Francisco de onde saem os dois eixos da transposição.
Os bispos reconhecem, porém, a grandiosidade da obra - "a maior já trealizada no Nordeste"- sendo difícil imaginar a sua paralisação, mesmo porque não lhe faltam recursos.
Entre outras preocupações os bispos destacam:
1) Muito desperdício da madeira extraída na área dos canais. Em razão de questões burocráticas, o IBAMA não definiu, nem autorizou a sua utilização, legalmente.
2) A indenização das terras dos moradores das comunidades atingidas, frequentemente, é irrisória e demorada; a maioria dos pequenos proprietários não possui título legal das terras e a legalização, em Pernambuco, está se processando muito devagar.
3) Há pessoas que ainda não receberam as indenizações, por problemas de natureza burocrática.
Na nota, eles externam preocupação ante as queixas de comunidades indígenas de que não foram consideradas suas reivindicações; bem como das pessoas cujas terras foram divididas.
Por fim, eles chemam a atenção para a situação dos mais pobres e desamparados, "para que não sejam esquecidos ou atropelados por este grandioso Projeto".
A visita dos bispos foi realizada nos dias 9 e 10 e, em parte dela, os bispos foram acompanhados pelo ministro da Integração, João Santana,
Com informações do site da CNBB.
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