sábado, 31 de dezembro de 2011

Artigo de Paulo Tarcísio Neto

Sementes cruas: 
sândalo para o corpo
               
               Nos últimos tempos, as dietas de raiz vegetariana em suas mais diversas formas estão na moda. Existem os “vegans” os ovo-lacteo-vegetarianos, os macrobióticos, os crudistas e uma plêiade sem fim de doutrinas que impulsionam o homem a ter uma alimentação mais saudável para a prevenção e até para a cura de doenças graves.
                A maioria das pessoas no mundo ocidental, no entanto, considera essas ideias absurdas, seja pelo fortíssimo hábito cultural de comer carne e fast-food, seja por acreditar que essas dietas são todas um verdadeiro exagero. Em geral, o argumento de que “não tenho tempo nem dinheiro para isso” é uma constante para a maioria das pessoas.
                Não tenho espaço, nem a pretensão de argumentar a favor de nenhuma das dietas vegetarianos, nem muito menos de nossa dieta ocidental, mas uma coisa ninguém pode negar: consumir sementes diariamente, especialmente sementes cruas, é um sândalo para o corpo.
                O câncer de intestino grosso (ou “câncer de cólon”) é o 2º tumor mais prevalente no mundo perdendo apenas para o câncer de mama. Um dos fatores que mais influencia seu surgimento é o baixo consumo de fibras e de água, negligenciados em nosso estilo de vida ocidental. Quase todas as outras doenças colo-proctológicas também têm seu risco aumentado por esses vícios alimentares.
                Para aqueles que têm a disposição de mudar profundamente sua dieta em nome de sua saúde e qualidade de vida, tenha certeza que esse é um investimento com retorno garantido; mas para aqueles que estão dispostos a dar somente passos mais singelos, eis um bom início: todos os dias pela manhã, uma colherada de uma semente crua, seja ela a linhaça, gergelim, castanha, amendoim ou muitas outras que encontramos em abundância nos mercados brasileiros para todos os gostos e bolsos.
                Tal hábito não é a cura de todos os males, mas podemos chamá-lo de “primeiro passo”. Nossa saúde começa em nossa boca e nunca podemos esquecer a máxima hipocrática: você é aquilo que você come.

Paulo Tarcísio Neto
Medicina UFRN

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