Não sei se a Operação Lava Jato vai conseguir - como deveria - passar o Brasil a limpo, como, há muitos anos, preconizava na TV o jornalista Boris Casoy.
A tarefa não é nada fácil, especialmente diante das pressões que, queiram ou não, seus personagens têm que enfrentar.
Cada lado, só quer que o outro seja enquadrado.
Veja-se as situações do ex-presidente Lula e do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Os dois são, talvez, os que sofrem acusações mais pesadas.
Vejo-os, embora adversários, na realidade navegando no mesmo mar de dificuldades, cada um ao seu modo procurando se virar na busca de uma boa argumentação de defesa.
Para os lulistas, de há muito, Eduardo Cunha já deveria estar na cadeia. Para o lado de Cunha, quem deveria estar na cadeia, é o ex-presidente.
Procuro não me deixar ser manipulado por qualquer dos lados, certo de que, numa disputa dessa, a verdade dos fatos sai muito castigada, muito comprometida pelas versões conflitantes que cada lado se encarrega de propagar.
Tenho pra mim, porém, que, por maior que seja o clima de radicalismo que a intolerância bilateral impõe num momento como o atual, uma coisa é sagrada tanto para Lula quanto para a Eduardo Cunha - o respeito ao direito de defesa de cada um.
FOTOS: Reprodução Internet.
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