O maior desafio que, sob o meu ponto de vista, um dia, a maioria da população brasileira terá que abraçar é o de aprender a dizer não à demagogia.
Qual o sentido em que cito essa palavra - demagogia?
Pra mim, demagogia traduz a atitude de políticos que se vangloriam de saber aproveitar (e explorar) as aspirações da Nação, prometendo ao povo fazer aquilo que está na base das suas necessidades, dos seus sonhos, dos seus desejos.
Ou então, tratam, simplesmente de dividir o país - como se um partido fosse capaz de reunir o que de melhor existe na sociedade, sobrando para os demais, o que existe de pior - em matéria de oportunismo, de irresponsabilidade e de corrupção.
Em um caso ou no outro, fogem de mostrar a realidade.
Por exemplo: A realidade atual do Brasil - que se traduz em inflação alta, retração da atividade econômica, desemprego, falência dos serviços públicos essenciais (como segurança, educação, saúde, infraestrutura) jamais será superada sem um ajuste fiscal, que permita ao país voltar a um patamar de receita compatível com as suas necessidades e as aspírações do seu povo.
Ou seja: A nação precisa urgentemente alcançar um incremento de sua máquina arrecadadora, com um agravante: num momento em que a massa trabalhadora já não tem mais de onde tirar recursos para pagar impostos.
Quer dizer: Temos que sonhar com uma estrada de mão dupla, por onde possam trafegar sem atropelos, a massa da população, que diz não à demagogia, e não tem como arcar com um aumento da carga tributária; e um governo responsável, capaz de dar um basta na roubalheira e. ao mesmo tempo, conseguir controlar gastos e aumentar a arrecadação, indo atrás daquela "meia dúzia" de alguns milhares de marajás que concentram mais de 90 por cento da riqueza nacional - cobrando das grandes e incalculáveis fortunas a devolução do que acumularam - ao longo da história - via corrupção e especulação financeira.
Entenderam por que temos de aprender a dizer não à demagogia?
Porque enquanto não aprendermos, também não seremos capazes de eleger um governo verdadeiramente sério e responsável.
E, sem um governo sério e responsável, não tem volta.
Amanhã será uma Venezuela, uma Bolívia, uma Nicarágua, no máximo, uma Cuba.
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