sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Nem todos os que sonham são lembrados

A realidade tem mostrado o quanto a perspectiva de poder embriaga e cega muitas pessoas.
Acompanhando o noticiário sobre nomeações, dá para perceber a sensação de alegria, de entusiasmo e até o deslumbramento dos que vão sendo escolhidos. E pelo que dizem, refletem e reagem - por palavras, atos e omissões - só o poder os anima. O peso da responsabilidade não passa nem por perto. Pelo menos da maioria.
Do outro lado, há o desencanto, a ansiedade, o sofrimento, a decepção, dos que esperavam ser e não são.
Sensações indesejáveis para qualquer um e que vão se acentuando à medida em que se anunciam novas indicações, sem que o seu nome apareça.
Nossa Senhora! Alguns são mais discretos. Guardam-se na sua amargura, procuram esconder a frustração e encaram a realidade. Enfim, sacodem a proeira e dão a volta por cima tal como ensinou o compositor.
Outros não, enquanto os buracos vão sendo tapados, olham para o que resta, ficam em cima, insinuam-se, procuram mostrar que estão ali, plantam notinhas no noticiário e assim vão levando o sonho e a esperança de ser lembrado ou lembrada.
Agora, com a equipe da governadora eleita (e sub judice), Fátima Bezerra, praticamente completada, fico imaginando o sofrimento dos que permanecem esquecidos.
Que Deus tenha compaixão de todos.
E do Rio Grande do Norte também diante do deslumbramento, da embriaguez e da cegueira de tantos.


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