A razão da pergunta está na grande surpresa que o resultado da eleição estadual de 2010 proporcionou ao Rio Grande do Norte.
Que surpresa foi essa?
A derrota da presidente Dilma em três dos principais colégios eleitorais do Estado - Natal, Parnamirim e São Gonçalo.
Mais esquesito ainda é o fato do PT não demonstrar o menor interesse em fazer um estudo para determinar o que causou essas três manifestações explícitas de rejeição a uma presidente vitoriosa.
Agora, diz-se que a prioridade do PT é ter candidatos próprios às Prefeituras na eleição de 2012.
Conseguirá? O tempo é quem vai dizer.
Hoje, o que o tempo tem dito é que o comando nacional do partido não demonstra esse apreço todo aos seus correligionários do RN.
- São uns bundões - teria dito o ex-presidente Lula, ainda como presidente da República, sobre as lideranças do seu partido aqui na terra dos potiguares.
Essa citação, atribuída ao ex-presidente pelo colunista Cláudio Humberto, jamais foi desmentida.
De qualquer forma, porém, o peso do PT será fundamental na disputa de 2012, mais ainda, se o atual presidente do partido, Eraldo Paiva, com a autoridade e o respeito de que é merecedor, conseguir convencer os deputados Fátima Bezerra e Fernando Mineiro a superar suas divergências.
Enquanto isso não acontece - o sonho é livre. Não apenas para os petistas que defendem a candidatura própria, mas, também, para a prefeita Micarla de Sousa que espera poder contar com a retribuição do apoio que ofereceu à presidente Dilma em 2010.
E em Parnamirim e em São Gonçalo?
Em ambos os municípios, na realidade, os quadros petistas são limitados. Tanto em termos de militância, quanto em termos de liderança.
Isso mudaria se o padre Murilo Paiva, irmão de Eraldo, for convencido de que chegou a hora de se licenciar do seu munus sacerdotal para dar vazão ao seu ideal político-partidário.
Isso acontecendo, Murilo será um nome petista com peso eleitoral e capaz de comandar uma campanha tanto em Parnamirim, quanto em São Gonçalo.
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