A junta diretiva da Liga Macaibense de Desportos (LMD) está encontrando dificuldades em realizar a eleição da entidade.
A comissão foi criada no dia 25 de janeiro para deflagrar o processo sucessório, uma vez que a antiga diretoria, encabeçada por Oziel Palhares, havia caducado em 31 de dezembro do ano passado.
Mas Palhares insiste em ficar no cargo. O dirigente alega dispor de um documento que prorroga seu mandato para 31 de março deste ano (ele ocupa o cargo desde 2003, sendo reeleito em 2006).
Esse documento estaria assinado por um pequeno grupo de representantes dos clubes de futebol, que se encontram em situação regular perante a entidade, e que foi aceito pela FNF (Federação Norte-rio-grandense de Futebol). Mas Oziel não está comparecendo às reuniões da junta diretiva para prestar esclarecimentos acerca desses papéis.
Na quarta-feira, dia 1º de fevereiro, na Casa do Empresário, foi realizada a terceira reunião da junta diretiva. Desta vez, um dos pontos de pauta foi informar a situação individual de cada agremiação esportiva perante LMD, no tocante a quitação de taxas que são cobradas aos clubes. O objetivo desse levantamento é regularizar a situação dos times para que estes possam participar do processo de escolha do novo dirigente da LMD.
O presidente da junta diretiva, Olávio Santana, informou que só após estar de posse destes dados é que irá convocar nova assembléia.
Segundo informações, Oziel Palhares teria procurado Santana e dito que irá convocar eleição, mas só após quitar alguns débitos da LMD.
Estes débitos parecem ter relação com um suposto convênio na ordem de R$ 42 mil entre a LMD e a Prefeitura de Macaíba. A LMD ainda não teria recebido o repasse das duas últimas parcelas deste convênio. “Nós fomos informados que a Prefeitura não despachou as parcelas por falta de prestação de contas da LMD”, diz José David Alves dos Santos, que encabeça a única chapa já anunciada até agora para o pleito, juntamente com Roberto Ângelo (sub Ângelo).
Para eles, o que deve prevalecer é o que reza o estatuto da LMD. A dupla reclama que as decisões da LMD são tomadas unilateralmente, sem convocação de assembléia e, conseqüentemente, participação dos clubes.
“Não há uma diretoria participativa para tomar decisões. Tudo está centralizado numa só pessoa”, disseram.
David esclarece que, de acordo com o estatuto, é possível fazer, sim, uma prorrogação do mandato de presidente para dois anos, mas a partir do primeiro dia após encerrar a gestão. Só que Oziel teria registrado em cartório três meses depois isso acontecer, ou seja, em 31 de março de 2010.
“Ele não tem o direito de presidir a LMD, pois está irregular”, falou David Santos.
Ao que tudo indica, o impasse no processo sucessório na LMD caminha para ser resolvido nos tribunais.
Dirigente esportivo critica LMD
Durante assembléia da LMD, puxada pela junta diretiva, dia 1º de fevereiro, na Casa do Empresário, Emerson Spínola de Araújo, vice-presidente do time Desportiva Esporte Clube, atirou farpas no fato de a entidade não dispor de patrimônio desde sua fundação, em 1962. “Macaíba, é a única cidade que a Liga daqui não tem um campo de futebol”.
Texto de Rômulo Estânrley
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