Quanto mais a democracia avança, mais se torna vital a
questão da transparência na administração pública.
Mais ainda num momento como o atual, em que tudo na gestão
pública exala o odor fedorento da corrupção.
Não sai da minha cabeça a afirmação feita pela
ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Ministra Eliana Calmon, numa de
suas visitas a Natal:
- Para enfrentar a corrupção, só existem dois remédios:
transparência e gestão.
No caso específico do governo do RN, imagino que só a transparência
total poderá ajudar a governadora Rosalba Ciarlini a tentar superar os elevados
índices de insatisfação popular diante da gestão que vem realizando.
Hoje, a situação chegou a um ponto tal, que só a propaganda –
ou, com muitos preferem dizer - só a maquiagem não resolve.
A governadora precisa se voltar, prioritariamente, para
aqueles setores que são a cara da gestão. Enquanto ele não der um jeito no Walfredo
Gurgel, por exemplo, não adianta fazer propaganda da Arena das Dunas, do Aeroporto
de São Gonçalo, do Porto de Natal, de nada. Tem que dar condições decentes de
funcionamento ao Walfredo Gurgel.
Ela está há dois anos no governo e a situação só faz piorar.
Falta dinheiro? Pode ser até que falte. Mas, essa é uma desculpa que, sem
transparência, hoje em dia não cola mais. Pode até explicar. Mas, não
justifica.
Quanto é que sai, por dia, para o Governo, manter o Walfredo
nas condições atuais? Quanto seria
necessário para transformá-lo, dotando-o de condições decentes de
funcionamento?
Por que a governadora não dá esses números? E, depois, por que não ir atrás desse dinheiro?
Por que a governadora não dá esses números? E, depois, por que não ir atrás desse dinheiro?
A governadora precisa se conscientizar do seguinte: O povo
está cansado de saber que, por piores que sejam as condições financeiras do
erário, para aquilo que o governo quer, nunca falta dinheiro.
Então, ela não se iluda: Por mais injusto e apressado que
seja o julgamento popular, no imaginário de cada pessoa, só existem duas razões
para justificar as condições desumanas de funcionamento do Walfredo Gurgel: 1)
a vontade ou 2) a incompetência do governo.
Para Rosalba, um agravante: Como ninguém vai dormir competente
e acorda incompetente, sobra, então, a justificativa de sua, digamos, “má” vontade
com relação à saúde da população mais necessitada do Rio Grande do Norte.
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