Em discurso na tribuna do Senado nessa segunda-feira (8), o líder do Democratas José Agripino (RN) voltou a reivindicar ações emergenciais para as graves consequências da seca no Nordeste. O parlamentar disse que a região precisa de medidas enérgicas, rápidas e urgentes por parte do governo federal como a perfuração de mais poços; o fornecimento de alimento para o gado que está morrendo de fome; e a suspensão das dívidas do pequeno agricultor até que ele possa voltar a produzir.
“A falta de água, de ração para o gado está dizimando a fonte de renda de milhares de nordestinos. Os pequenos produtores rurais não têm para aonde ir. Estão recebendo mandado de citação para pagar débitos com bancos oficiais. Mas de que forma querem que eles quitem essas dívidas? A não ser que eles paguem com o resto de seu rebanho, que é só pele e osso”, frisou. “É preciso uma ação vigorosa do governo central apoiando os já sacrificados governos nordestinos. Caso contrário, veremos uma catástrofe completa”, acrescentou o senador.
Em visita aos municípios do Rio Grande do Norte nesse fim de semana, Agripino contou que a situação é de desespero. Durante o pronunciamento, o senador mostrou fotos de rebanhos inteiros em cadáveres, espalhados pela caatinga. “Nunca vi na minha vida nada igual como o que está registrado nestas fotos”. Segundo o líder, pais de família estão perdendo seu gado e sua fonte de sustento por falta de planejamento e ações preventivas do governo federal à seca do Nordeste. “A presidente Dilma anunciou um plano de perfuração de poços e eu coloco aqui a urgência da ação porque tudo que é anunciado pelo governo demora uma eternidade para acontecer”, criticou.
José Agripino comentou ainda a situação das barragens de Curema e Mãe D´Água, na Paraíba. O sistema de reservatórios segura as águas do Rio Piranhas e o pereniza até a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no RN. “As comportas estão abertas, mas a água está acabando. Dentro de pouco tempo elas serão fechadas e as cidades tanto da Paraíba quanto do meu Rio Grande do Norte vão ficar à míngua. Faço aqui o anúncio de uma calamidade em curso”.
Texto encaminhado pela assessoria do senador José Agripino.
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