A atitude da senadora Fátima Bezerra, candidata do PT ao governo do RN, de apresentar ao TRE, como se fosse seu, o plano de governo que embasou a candidatura do seu colega de partido no Piauí, Wellington Dias, há 4 anos, surpreendeu meio mundo no RN.
Acho até que a própria candidata também foi surpreendida quando a bomba estourou.
Por que?
Porque o que se dizia aqui no Estado era que um grupo de professores da UFRN estava cuidando de elaborar o Plano de Governo de Fátima.
Havia, inclusive, a expectativa de vir a público um plano verdadeiramente revolucionário, novo, diferente dos anteriores, pois, pela primeira vez na história, um grupo de especialistas da UFRN assumia tal desafio de se comprometer, oficialmente, com uma pré-candidatura governamental.
Assim, o plano de Fátima, cuja única experiência administrativa curricular foi o seu período de dirigente do antigo Sindicato dos Professores do RN, era esperado -graças à luz, ao traquejo e à competência dos especialistas da UFRN, era esperado como muita expectativa, pois viria para marcar, o fim da mesmice nos planos de candidatos ao governo do RN.
A descoberta do plágio, então, teve o efeito de uma verdadeira explosão.
Ou seja:
Das duas, uma: Ou isso era verdade (e deixa muito mal o pessoal da UFRN) ou não passava de uma empulhação - o que compromete, sobremaneira, a idoneidade da campanha petista, colocando sob suspeita uma instituição com a história e a tradição de nossa Universidade.
De qualquer forma, sem dúvida, a sociedade merece duas palavras de esclarecimento - Uma da própria candidata; e a outra, a da Universidade - explicando em que condições os seus especialistas haviam assumido tal compromisso.
Na realidade, existe uma grande diferença entre elaborar um plano de governo - sério, estudado, cientificamente planejado - e simplesmente copiar um outro destinado a outro Estado e que, por mais parecido que seja com o nosso, como é o caso do Piauí, tem as suas próprias características, sua própria realidade, seus próprios desafios.
O pior nesse história toda, é que copiaram o tal documento sem o cuidado de lê-lo para poder fazer, no mínimo, as adequações primárias necessárias.
Excelente artigo.
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