Passado o calor da campanha, a governadora eleita Fátima Bezerra demonstrou plena consciência do peso da responsabilidade que pediu ao povo para assumir.
Em sua primeira entrevista, reconheceu que vai precisar administrar adotando como base uma "economia de guerra" para poder assegurar a sua prioridade básica - "devolver aos servidores públicos a dignidade de ter certeza de que, no final do mês, terá o salário depositado na sua conta".
Sabe que isso não será fácil.
Passa pelo restabelecimento do reequilíbrio das contas públicas e isso não dependerá apenas dela. Vai depender muito da contribuição que vier a receber dos outros dois poderes - Legislativo e Judiciário, bem como dos seus órgãos auxiliares, principalmente o Ministério Público e o Tribunal de Contas.
Antecipou que pretende rediscutir com esses órgãos o Orçamento estadual, aí incluídos a contenção de gastos (economia de guerra) e o estabelecimento da obrigatoriedade de devolução ao Tesouro de eventuais sobras orçamentárias.
Segundo a governadora, "o RN é o único Estado em que não há esse retorno automático de sobra de caixa para o Tesouro".
Falando assim, parece fácil. Fátima sabe que não é. Mas, fez questão de dizer que está preparada para enfrentar tal desafio, proclamando sua "capacidade de ouvir as pessoas".
Vamos aguardar. E, claro, desejando boa sorte à governadora eleita.
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