O vice-governador Robinson Faria anunciou ontem, numa entrevista na 98 FM, a pretensão de articular os grupos de oposição ao governo Rosalba Ciarlini.
Ninguém pode desconhecer a capacidade política do vice-governador; muitos menos os seus méritos como articulador.
Mas, todo mundo sabe, também, que é mínima a sua experiência na espinhosa missão de ser oposição.
Quem entende de política diz que entre ser oposição e ser governo, a diferença é semelhante à da água pro vinho.
Ou seja: uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa completamente diferente.
Aliás, o Rio Grande do Norte, de há muito, está precisando de políticos de oposição.
Não apenas de políticos que falem mal de governos e estejam sempre prontos a criar dificuldades; mas, que tenham soluções alternativas e mais benéficas para a população, diante da realidade que o Estado atravessa.
Claro que o vice-governador merece um crédito de confiança na nova missão que, agora, pretende abraçar. Não pense que será fácil.
Mudar assim, de forma tão repentina, do governo para oposição, ou até mesmo, da oposição para o governo, sempre desperta dúvidas e afeta a credibilidade. Principalmente, quando a pessoa, como parece ser o caso de Robinson, pensa chegar do outro lado com o lugar de chefe ou de líder lhe esperando.
- Nega pensa que é assim - já dizia nas suas tiradas gostosas para explicar certas situações, o saudoso amigo Firmino Moura.
Claro: Falo, no sentido da lógica, que num momento como esse, sugere serenidade, mergulho. Tempo ao tempo. Nada de açodamento.
Mas, vamos ver. O vice-governador não quer perder tempo. E o seu primeiro desafio está lançado e ele mesmo se encarregou de anunciá-lo: Unir o seu PSD ao PT, PDT e PSB em busca de um candidato comum à sucessão da prefeita Micarla de Sousa.
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