Em seu livro "O homem que calculava", contou-me, certa vez, o mestre Manoel Soares, o escritor Malba Tahan narra o seguinte diálogo entre Confúcio e um discípulo que lhe indagou quantas vezes um juiz deveria refletir antes de emitir uma sentença.
- Uma vez hoje; dez vezes amanhã - respondeu o grande mestre.
Percebendo o assombro do discípulo, o sábio esclareceu:
- Uma vez será suficiente quando o juiz, pelo exame da causa, concluir pelo perdão. Dez vezes, porém, deverá o magistrado pensar, sempre que se sentir inclinado a lavrar sentença condenatória.
Depois de uma pausa, Confúcio completou:
- Erra, por certo, gravemente, aquele que hesita em perdoar; erra, entretanto, muito mais ainda aos olhos de Deus, aquele que condena sem hesitar.
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