Dia 1º de outubro – Dia do Idoso:
Valorizar e Garantir o Direito
de envelhecer com dignidade
Éliton
Costa
Cientista Social Pós Graduado em
Antropologia -
Consultor na área das Pessoas com Deficiência e Idosos
Segundo o IBGE - Censo Demográfico 2010 a população brasileira é
composta de 7,4% de idosos - com estimativa de que dentro de 10 anos a
população com mais de 60 anos atinja 30 milhões de pessoas. Observando a citada estatística, nota-se que
são indispensáveis garantias de oportunidades iguais, cidadania para todos e em
destaque a este público apresentado devido a possíveis limitações nesta fase de
existência.
Com o envelhecimento ocorre o aumento
de responsabilidades para a sociedade e exige-se mais também dos próprios indivíduos.
Respeitar o envelhecimento nos leva a participar de forma mais atuante na
construção desse direito. É uma ação
onde de todos os cidadãos, em destaque os adultos que têm um papel crucial já
determinado pelo próprio curso da vida.
Se
gradativamente aumenta a população idosa, se faz necessário políticas públicas
mais eficazes e efetivas nesta área. A construção das políticas específicas
deve garantir o direito de envelhecer com dignidade, autonomia e segurança.
Infelizmente nosso país consegue ser ao mesmo tempo tão grande e tão desigual e
constatamos que especialmente o direito da pessoa idosa tem sido pouco
respeitado. É indispensável uma reflexão
mais aprofundada sobre o papel, o respeito e o lugar dos idosos na sociedade,
analisar e propor soluções para os problemas que são enfrentados nesta fase da
vida. Embora a Constituição Federal assegure o princípio de igualdade e
proteção contra qualquer tipo de exclusão, preconceito, abandono, discriminação
e violência contra a pessoa idosa, o que se observa é que se ela fosse respeitada
não haveria necessidade de leis complementares como é o caso do Estatuto do
Idoso. Ainda nos falta efetivar os dois: a Política e o Estatuto. Este último,
ao completar 9 anos, ainda não é respeitado, inclusive pelo próprio Estado
brasileiro que tem dificuldades em fazer cumprir as normas do Estatuto, uma vez
que ao mesmo tempo em que traça normas de respeito aos direitos dos idosos, os
deixa a mercê dos Planos de Saúde com seus aumentos abusivos, permite que os
salários dos aposentados sejam explorados pelos bancos através de empréstimos
consignados que os corrói, não há respeito às leis no que se refere a pessoa
idosa ter acesso rápido ao marcar uma consulta médica. Neste sentido surge a oportunidade
de se avaliar como os governos, a própria sociedade está tratando do futuro de
todos, como se está aproveitando a experiência adquirida com a idade, anos de
luta e de trabalho profissional, uma vez que esse é um contingente populacional
com qualificação e potencialidade a oferecer à sociedade. E se existem meios
que contribuam para a verdadeira inclusão social. Observa-se ainda, que a
família brasileira está despreparada para cuidar de seus idosos. Prova disso é
que muitos jovens voltam para casa ou sequer saem de casa passando a viver sob
a dependência da aposentadoria de um parente idoso. É urgente um trabalho de
conscientização dos Conselhos, das ONG’s, sobre os direitos das pessoas idosas.
Gerenciar mais suas ações para a parte mais informativa a esse segmento.
Deve-se garantir o direito de melhor conviver no meio social, cultural e
ambiental. A sociedade brasileira precisa se mobilizar para defender a velhice
como direito natural da pessoa humana. Destacamos que a própria Constituição
Federal e o Estatuto do Idoso asseguram este princípio de igualdade e proteção contra
qualquer tipo de exclusão, preconceito, abandono, discriminação e violência
contra a pessoa idosa. Temos direito a envelhecer com dignidade e segurança. Isso
vem a reforçar sempre a evolução, acompanhamento e monitoramento de políticas públicas
para dirimir e evitar desigualdades sociais que de certa forma afetam as
pessoas idosas nos estados e municípios brasileiros.
A cada dia se faz necessário que o
assunto referente ao aumento da longevidade e seus níveis e variações nos estados
e municípios brasileiros seja discutido e avaliado. Devemos acompanhar e
monitorar as ações na área da proteção da pessoa idosa. Construir uma política
voltada ao envelhecimento compatível às exigências atuais, pontuais e locais
com a promoção e incentivo às diferentes formas de participação em parceria com
os conselhos estaduais e municipais, associações representativas das pessoas
idosas, profissionais da área e organizações que trabalham na área do
desenvolvimento social e envelhecimento.
Lutar pelo empoderamento e
representatividade da pessoa idosa onde a mesma esteja sendo sujeito
participante nas ações e decisões que visem o seu sustento, lazer,
socialização, geração de emprego e renda. Garantir vivência dos direitos e
deveres, respeito, qualidade de vida e inclusão social. E, avaliação das políticas, é bom deixar claro
que cabe às instâncias de controle social, como os conselhos, ministério
público, vigilância sanitária, dentre outras.
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