Em artigo publicado na edição deste domingo da Tribuna do Norte, o jurista potiguar Ivan Maciel de Andrade enaltece o trabalho da midia na cobertura de Operação Lava Jato:
- Considero correto, irrepreensível o trabalho da mídia televisiva e impressa.
Mas, sugere cautela na condenação dos delatados.
- Em certos casos - reconhece - as evidências são tantas e tão convincentes que parecem neutralizar, num primeiro momento, a presunção de inocência.
E lembra, então, o precedente italiano durante a chamada "Operação Mãos Limpas".
Na Itália, por exemplo, houve delatados que só muito tempo depois foram inocentados. Mas, "trucidados por denúncias de delatores" cometeram suicídio "pelo desespero de não poder mais restaurar a dignidade perdida. Vítimas de um implacável linchamento, de um raivoso massacre". E assinala:
- Basta a existência de um caso - ou de alguns - para justificar uma atitude prudente de cobrança de maiores e de melhores esclarecimentos.
E conclui:
- ... as delações vêm criando - ao arrepio do sistema jurídico-penal de nosso país - uma teratológica e absurda "presunção de culpa".
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