Não entendo de Tribunal de Contas. O que sei é que, ao longo do tempo, na realidade, os seus conselheiros são nomeados mediante indicação política.
É quase um prêmio, grande e sonhado prêmio, pra quem tinha QI.
Uma exceção, de tempos em tempos, ocorre quando surge uma vaga a ser preenchida por uma indicação do quadro de procuradores da Casa. Ou será dos auditores? De uns ou dos outros.
Bom... Na realidade, não chega bem a ser uma exceção. Mas, deixa prá lá.
Tudo isso ocorria, quando essas coisas eram tidas como normais. Quando a sociedade chegava até a bater palmas para os privilegiados que tinham a prerrogativa de criar cargos para os seus.
Hoje não é bem assim.
Mas, o fato é que este ano, por diversas notas que li em jornais, blogs, colunas, vai surgir uma vaga no Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte.
Essa vaga será decorrente da aposentadoria compulsória do Conselheiro Alcimar Torquato.
E, pelo que se diz, também, pelo texto legal em vigor, deverá ser preenchida por um indicado pelos procuradores do Tribunal.
Acontece que, nos mesmos jornais, blogs e colunas que noticiam a abertura da vaga, vejo ser noticiado, também, com a maior naturalidade do mundo, que está sendo urdida uma manobra visando a apresentação e aprovação de uma emenda à Constituição Estadual acabando com a prerrogativa dos procuradores (ou dos auditores) do TCE de terem o direito de fazerem indicação de candidatos ao cargo de conselheiros.
Com isso, na nomeação do sucessor de Alcimar, a difícil tarefa caberia, única e exclusivamente, à governadora eleita Rosalba Ciarlini que, já agora, estaria num grande dilema: Quem indicar? Seu assessor e futuro chefe do gabinete civil, Paulo de Tarso Fernandes? ou o seu cunhado Betinho Rosado?
A última vez que li sobre isso foi há pouco, no blog do amigo Aluízio Lacerda, de Assu. Quem quiser conferir a nota de Aluízio Lacerda, basta CLICAR AQUI.
Lá eu deixei o seguinte comentário:
"Prezado Aluízio: Não é a primeira vez que leio matéria sobre este assunto. Tenho me recusado a acreditar que isso esteja ocorrendo nos dias de hoje. Se fosse ontem, era o natural, a prática corriqueira. Mas, hoje, sinceramente. Esse tipo de manobra não pega bem. Mudar um texto constitucional para beneficiar uma pessoa ou outra? Com todo respeito aos pretensos beneficiados, isso seria uma imoralidade. Pelo que conheço tanto de Paulo de Tarso quanto de Betinho Rosado, também não acredito que, a essa altura da vida pública de ambos, eles se prestem a tal comprometimento de suas respectivas biografias".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários críticos sem identificação não serão aceitos.