2012: perto e incerto*
Terça-feira da semana passada, numa entrevista que concedia a Marcos Aurélio de Sá e a Túlio Lemos, na TV União, a governadora Rosalba Ciarlini foi indagada sobre a postura que pretende adotar, principalmente em Natal, na batalha eleitoral de 2012.
Colocada diante da possibilidade ter que enfrentar uma chuva de candidatos dentro do seu sistema, a governadora ainda tentou sair pela tangente:
- Agora estou totalmente envolvida com a política administrativa; dessa parte de política partidária, quem entende e cuida com mais atenção é o meu marido, Carlos Augusto – explicou.
Mesmo, diante da insistência dos habilidosos entrevistadores, preferiu não emitir juízo de valor, justificando que ainda é cedo e que, portanto, tem água à vontade “pra passar debaixo da ponte”.
Rosalba só adiantou o que qualquer outra liderança, na sua posição, também poderia ter dito, diante do mesmo questionamento, a essa altura:
- Considero importante que cada um procure se fortalecer; se tivermos de marchar separados, marchemos. Depois, haveremos de nos encontrar no segundo turno.
Não, necessariamente, com essas palavras, este é um resumo fiel do que afirmou.
Na realidade, em matéria de sucessão em Natal, 2012 ainda é uma incógnita, apesar da longa lista de potenciais candidatos.
Só na base de apoio da governadora, já anteciparam a pretensão de ter candidatos o seu próprio partido – o DEM e três dos principais aliados – 1) o partido do vice-governador Robinson Faria, provavelmente o novo PSD, 2) o PSDB e 3) o PMDB.
Ainda falta a palavra do PV, onde a prefeita Micarla de Sousa tem recusado a assumir, de público, sua candidatura à reeleição, externando, primeiro, uma salutar (não sei se sincera) preocupação de recuperar o tempo perdido.
Antes de qualquer definição, até mesmo entre aspirantes da oposição, há quatro questões básicas que precisam ser respondidas:
Uma - Daqui a um ano como estará, diante do julgamento popular, a administração da governadora Rosalba Ciarlini?
Duas – E a prefeita Micarla, terá se recuperado?
Três - Como andarão a essa altura de 2012, o ano da eleição, as obras relacionadas com a Copa de 2014?
Quatro - A população estará sendo contemplada, de alguma forma, com a realização dessas obras? Ou melhor: Essas obras estarão tendo um reflexo positivo no mercado de trabalho e/ou na qualidade de vida das pessoas?
Não sei se estou me iludindo à toa. Mas, sinto que se desenha um clima novo de participação popular na próxima batalha eleitoral.
Tomara que não seja um equívoco.
* Artigo que assino na edição desta quarta-feira do NOVO JORNAL.
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