O delegado-geral da Polícia Civil, Fábio Rogério, admitiu que “o caos está instalado na Segurança Pública”. O promotor Wendell Beetoven disse que não há como negar a situação caótica, mas apontou que se trata, também, de um problema de gestão, com muitos delegados em funções administrativas e longe das unidades policiais.
Disse, ainda, que a falta de dinheiro, argumento usado pelo Governo do Estado, “é um mito”.
Ao comentar a Ação Civil Pública impetrada pelo Ministério Público contra o fato do delegado de Pedro Velho ser responsável por 22 municípios, o delegado-geral da Polícia Civil admitiu o caos provocado pela falta de policiais.
“Não se pode arranjar delegado onde não tem. Estamos tentando sensibilizar o governo”, disse o delegado.
Acrescentou ter a expectativa de que o Governo convoque em breve, pelo menos, parte dos 509 aprovados no último concurso realizado pela Polícia Civil.
Fábio Rogério informou que, entre 1997 e 2011, deixaram os quadros da Polícia Civil 20 delegados, 40 escrivães e 111 agentes por motivos de aposentadoria e demissão, dentre outros.
O promotor Wendell Beetoven diz que a situação caótica é inegável, mas também se deve a problema de gestão, afirmando que a Polícia Civil tem 140 delegados, mas há dezenas de delegados em funções administrativas ou em licença e longe das unidades policiais.
O representante do Ministério Público assinalou que a falta de policiais é evidente.
Em 2010, a Polícia Civil teve o número de cargos aumentado de 2.500 para 5.150, mas ainda está com 75% dos seus quadros vagos. O último concurso foi realizado em 1996.
Texto encaminhado pela divulgação do JORNAL DA MANHÃ.
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