Ficou clara, no encontro
que Dom Jaime Vieira Rocha teve nesta quarta-feira, dia 5, com vários
jornalistas de Natal, sua inquietação diante das dificuldades hoje enfrentadas
pela população, bem como quanto à forma como as encaramos.
Salvo avaliação
equivocada de minha parte, senti também no relato quase didático que nos fez, duas
preocupações correlatas:
Uma) Em evitar que a
Igreja (como Instituição e como comunidade) se distancia da realidade vivida
por seu rebanho; e
Duas) No tocante à
atitude (um tanto quanto passiva) como a sociedade reage à situação de carência
que enfrenta.
- Não é que a Igreja
queira se envolver na seara alheia – disse. Mas, também não pode fugir da
missão de colaborar e contribuir no que estiver ao seu alcance, inclusive
estabelecendo e fortalecendo parcerias.
O arcebispo metropolitano
mostrou-se empenhado e disposto a dar uma sacudida na comunidade católica
norte-rio-grandense, estimulando-a a se manifestar, a buscar alternativas e
superando aquela que parece ser a postura da moda no momento, muito voltada
para os interesses imediatos e para o consumismo.
Pelo que antecipou Dom Jaime,
a metodologia das visitas pastorais que pretende realizar em 2013 passará por
uma inovação com o objetivo de abrir esse espaço destinado à manifestação dos
mais diferentes segmentos do laicato – empresários, comunicadores, sindicatos,
agricultores, profissionais das mais diversas áreas (inclusive da educação,
saúde e segurança), servidores públicos, enfim, todos - homens e mulheres de
todas as idades.
Boto fé no projeto de Dom
Jaime. E mais: Parece-me uma porta que se abre para uma “recriação”, para um “ressurgimento”
de algo como a experiência de mobilização que projetou o RN nos anos 60, também
sob a liderança da Igreja, e que o mundo passou a reconhecer como o “Movimento
de Natal”.
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