Zé Dias: "Não me refiz do choque com a morte de Manoca"

O produtor cultural Zé Dias distribuiu, por email, a seguinte nota dirigida aos amigos:

Não me refiz do choque com a morte de Manoca. Só tive certeza de sua morte quando cheguei no velório com Khrystal. Amigos de infância dele, amigos do Marista, amigos da Universidade, alunos e parceiros da Música.
Vi Todos os meus ídolos: Joca Costa, Roberto Taufic, Frankling Nogvaes, Mario Cavalcanti Primata, Carito Cavalcanti, Gilberto Cabral, Wigder Valle, Jubileu Filho e à distância Tertuliano Aires. Deve ter faltado algum que esqueci, mas fazer o que. 
Em todos, um sentimento de tristeza profunda e a reverência a um ser humano Extraordinário. 
Manoca, para os
Amigos um pai (O Véio), para os alunos, uma MÃEZONA, zelosa, cuidadosa de lamber suas crias. Todos que passaram por seus ensinamentos, TODOS, levam a lembrança do ensinamento com as cordas e com a Vida. 
Os seus amigos, levam a lembrança do excesso de generosidade. 
Certo dia, quando soube que Khrystal tinha gostado de um violão que ele tinha, fez de tudo para que ela o adquirisse. Liseu grande e incentivei a Khrystal pegar a
viola. 
- Zé você me paga quando puder. 
A Vida seguiu, Khrystal melhorou, mas o liseu continuou e ela incomodada com a situação. 
Certo dia, no Buraco da Catita, a chamou num canto e foi cirúrgico: "Não precisa me
pagar, quando tiver o dinheiro, doe a uma instituição que cuide de crianças. 
Foi a todos os shows dela em que lançasse um novo trabalho. Ao ver Manoca na plateia do lançamento de COISA de PRETO no TAM, KHRYSTALEIRA, como a chamava, dedicou o show a ele.
Hoje é um dia para se desistir da Vida e da Música, mas por MANOCA, vou reascender a chama.
Beijos amigo e obrigado por tudo.