João foi uma das pessoas mais dignas que conheci na vida.
Poucos sofreram tanto quanto ele. Poucos conseguem ser fortes quanto ele foi nos momentos mais difíceis de sua vida.
Embora seja muito pequena nossa diferença de idade, tive o privilégio de ter sido seu aluno na minha adolescência, como interno do Seminário de São Pedro, aqui em Natal.
Para homenageá-lo, uso uma afirmação sua deixada para a posteridade em seu último livro "Eu perdoo":
- Pedoar é a própria doação do eu; é renúncia plena e total à magoa e ao ressentimento; é a manifestação mais eloquente do sentimento do amor. Perdoar não é simplesmente esquecer, mas é a extrema capacidade de transformar a violência, a injustiça, a perversidade cometidas contra alguém, em sentimentos de compaixão e de amor.
E mais:
- Depois de muitas adversidades, em que me maltrataram, me açoitaram, me prostraram sobre a terra como se vitoriosos fossem, ponho-me novamente de pé, com a cabeça erguida, para dizer-lhes: Eu perdoo.
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