Em artigo de Raúl Rivero, postado ontem, a organização Damas de Branco, formada por familiares de presos políticos cubanos e ex-presos, afirma ter sido tratada com indiferença pelo Papa Francisco durante a recente visita que fez a Cuba.
E assinala que os três ativistas de direitos humanos que dele conseguiram se aproximar, hoje estão presos e em greve de fome num cárcere de Havana.
Segundo o artigo, cerca de 250 cubanos foram presos durante a permanência do Papa em Cuba. "Outras duas centenas foram impedidas de sair de casa pela repressão policial".
Nota minha - Acho compreensível e legítima a queixa das Damas de Branco, do ponto de vista pessoal.
Mas, tenho certeza. Se pararem para pensar sobre o que acaba de ocorrer em Cuba, com a presença do Papa Francisco, sem a paixão do momento, vão compreender que o Pontífice não poderia chegar, em visita ao seu país, para confrontar com as autoridades locais.
Agora, sem nenhuma dúvida, não podemos deixar de reconhecer: Ele deixou sua mensagem de "reconciliação" e de solidariedade aos excluídos e perseguidos.
Mais não poderia ter feito.
Tem uma frase atribuída a Albert Einstein muito significativa e que se ajusta como uma luva a esses dias em Cuba. Diz:
- A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.
E a propósito, foi a própria líder das Damas de Branco, Berta Soler, que em outra nota afirmou em tom de legítima e procedente reclamação:
- O Santo Padre disse muitas coisas bonitas em suas homilias. Mas, para que se concretizem é preciso que haja liberdade.
Digo eu, então:
- Liberdade não é um presente. Liberdade não cai do céu. É um direito que precisa ser conquistado. Ou seja: Se queremos ser livres, precisamos lutar por isso. Em Cuba, no Brasil, em qualquer parte do mundo.
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