O governador Robinson Faria nomeou para a Secretaria de Justiça e à revelia do titular da pasta, Edilson França, ou seja, "goela abaixo" como se diz na gíria, dois importantes subordinados, segundo revela reportagem na edição deste sábado da Tribuna do Norte.
Um, o secretário-adjunto Marco Aurélio de Paiva Rego; o outro, o chefe de gabinete, Mário Leonardo Pereira Júnior.
Ou seja: Duas funções ligadas diretamente ao secretário titular e que, na realidade, deveriam ser escolhidas por ele próprio.
Ora, qualquer outro no lugar do dr. Edilson França, um nome respeitável, apolítico, possuidor de um currículo que o credencia a qualquer função na vida pública ou privada, ficaria, no mínimo, "espantado" diante desse procedimento do governador.
E se perguntaria:
- Como é que esse cidadão me entrega um verdadeiro abacaxi (como é o caso de uma secretária de Estado do tipo da de Justiça) e não respeita, sequer, a minha prerrogativa de escolher com quem desejo trabalhar?
Claro.
Ao fazer este comentário, não estou entrando no mérito da capacidade dos dois indicados. Mas isso é o mínimo. Se alguém recebe missão tão significativa quanto é a de um secretário de Estado, é porque merece de quem nomeia, a devida confiança para poder formar, pelo menos, uma equipe em que possa confiar.
Portanto, depois de tomar conhecimento desses dois fatos - fora o principal, que é o de não ter recebido o necessário respaldo para enfrentar e resolver os desafios administrativos da missão, não vejo nenhuma surpresa "no caráter irrevogável" explicitado pelo dr. Edilson França em seu pedido de demissão.
Agora, sem nenhuma dúvida, com a saída do secretário Edilson França, a equipe do governador Robinson perde muito - em qualidade e em respeitabilidade.
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