Na pregação do penúltimo dia do retiro espiritual quaresmal do Papa Francisco junto com outras autoridades da Igreja, o pregador - Padre Giulio Michelini - destacou, nesta quinta-feira, uma passagem do evangelho na narrativa da paixão de Jesus.
Segundo assinalou, os detalhes que descrevem a morte de Jesus são "incômodos" e cruentos.
Em primeiro lugar - sob o raciocínio do pregador, deve ser analisado "o sentido de abandono que Jesus viveu na Cruz" - notadamente quando pronuncia a expressão: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?"
- O fato do Pai não intervir - diz o pregador - "é outro elemento desconcertante de toda narração da morte de Jesus".
E frisou que o sentimento de abandono vivido por Jesus naquele instante - sentindo sua resistência física vacilar - o sentimento de abandono da parte do Pai é algo tão real, e tão escandaloso, que dois evangelhos - de João e o de Lucas, não reproduzem o grito de Cristo.
Tão desconcertantes foram aqueles momentos, assinalou o padre Michelini, que, após a ressurreição, Jesus ficou 40 dias com apóstolos, procurando conscientizá-los das coisas que, enquanto estava na cruz, não teve como explicar:
“Naturalmente, sabemos que a Cruz explica tudo. Mas Jesus não pode nem mesmo mais dizer porque está chamando o Pai e não está chamando Elias. Pode fazer somente uma coisa: confiar-se ao Espírito que efetivamente doará, para que seja o Espírito a explicar aquilo que não tinha conseguido fazer entender. Ou então, terá que esperar ressurgir e estar com seus discípulos, deter-se com eles à mesa durante 40 dias –diz o início dos Atos dos Apóstolos – para acompanhar os discípulos segurando-os pelas mãos, eles que não entendem” - afirmou o pregador.
CLIQUE AQUI para ler um resumo completo da pregação no portal do Vaticano.
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