quarta-feira, 13 de abril de 2011

Em 4 meses, dois decretos contra a gastança

Chega de engodo*

Pela segunda vez em quatro meses, a Prefeitura de Natal emite decreto a pretexto de determinar rigorosa contenção de gastos.
Pelo visto, o primeiro não deu resultado.
E, certamente, este segundo também não dará.
A situação gerencial na Prefeitura de Natal está fora de controle.
Falta quem a conduza. Falta quem a comande.
A prefeita não revela apetite algum para o feijão com arroz da administração.
Os jornais de ontem, trouxeram mais uma prova dessa constatação. Com a Prefeitura atolada em dívidas (que tendem a se avolumar em ritmo de bola de neve), a prefeita mandou que seus secretários se reunissem e “encontrassem” uma solução.
Ela mesma não chegou nem perto da reunião. Ela e seu secretário de Planejamento e Finanças.
Dá pra entender?
Cada dia fica mais difícil para Micarla encontrar um rumo que leve sua administração a um porto seguro.
Ela parece ter optado pelo jogo do faz de conta.
Resultado: O máximo que sai do seu grupo, como se fosse uma orquestra desafinada e sem maestro, é um samba do “crioulo doido” que só faz aumentar a conta e os problemas da cidade.
Na reunião de segunda-feira, ela tinha que estar presente. E mais: tinha que ter em mãos uma lista completa – um a um – de todos os compromissos financeiros da Prefeitura. Da conta de luz, da conta de água, de telefone, aos aluguéis, aos contratos de terceirização, de locação de serviços, de compras, do escambal.
Aliás, por que essa lista não é pública?
Quanto mais Micarla demorar a assumir a responsabilidade que tem nesse cenário, mais complicadas as coisas ficarão, mais constrangedor se tornará o momento de entregar o comando da Prefeitura a outra pessoa.
A propósito, em meio a essa reflexão, deparo-me com uma grande interrogação: O que valeu para a Prefeitura de Natal haver contratado consultoria da badaladíssima e respeitada Fundação Getúlio Vargas? Está valendo a pena?
Diante do que tem acontecido por aqui, a impressão que colho da realidade é que, de fato, pelos resultados que produz na administração municipal, a Fundação Getúlio Vargas não está pagando o café que bebe.
Ou seja: A primeira despesa que Micarla deveria cortar era essa: O gasto que tem com a Fundação Getúlio Vargas. E, a partir daí, dar uma guinada de 180 graus. Descartar tudo que fosse engodo, empulhação, faz de conta, jogada de marketing e optar exclusivamente pela verdade e pela transparência.
Posso estar equivocado. Mas, pra mim, esse é o caminho onde ela poderá encontrar o rumo de um novo tempo.
* Artigo que assino na edição desta quarta-feira do NOVO JORNAL

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