"Paulo, como ex-Secretário de Esportes de Natal, administrei a antiga SEL (Secretaria de Esportes e Lazer de Natal) e tenho condições de fazer alguns comentários sobre essa questão.
Estava como Secretário Adjunto da Casa Civil na gestão de Carlos Eduardo, quando chegou as nossas mãos o formulário-contrato da FIFA, em inglês. Lembro que o titular da pasta, meu amigo Bosco Pinheiro, providenciou para que a própria esposa (observo desde já, voluntariamente) traduzisse o texto.
Sabia e sei da importância da copa para Natal, cujo aspecto de divulgação desta como destino turístico é o maior destaque dos benefícios que deveremos esperar.
Entretanto, li aquele catatau de papel, que pareceu-me cheio de arrogância, dado as exigências exageradas, tais como, estacionamento para 2.000 ônibus, apenas para citar um exemplo.
Tal como apresentado inicialmente, ouvimos técnicos da STTU, SEMOV e SEMURB (Hoje possuem outros nomes) e estes descreveram cenários, tipo, se tivermos que construir essa arena com o espaço que requerem para estacionamento, teremos que avançar sobre as avenidas Prudente de Morais e a BR 101.
Hoje, não estão falando nesses aspectos da obra, apenas se discute a data da implosão do Machadão.
Ora, quando estava lá, sabia que o atual estádio exigia investimentos superiores a um milhão anualmente, apenas para serviços de manutenção básica, tipo, conter as infiltrações, reparar luminárias, banheiros, grama, reparos em portões, dentre outros. Não tinha dinheiro para uma nova estação elétrica, há muito exigida pelo estádio.
Entre 2007 e 2008, a Prefeitura investiu aproximadamente vinte milhões de reais em manutenção das suas colunas (reforço estrutural) para manter o estádio em pé. Agora vamos derrubar?
Não vou perguntar quem vai bancar a nova arena, pois sabemos que o dinheiro vem da viúva, minha pergunta final é quem manterá um estádio muito mais caro que o atual, que infelizmente não se pagava?
Tem jogo de futebol no Machadão que não rende ao Estádio mil reais! Se cobrar mais, a grita dos políticos ligados ao lobby dos clubes é grande, assim ocorre para o "bussines show", as agências promotoras, evangélicas ou católicas, não querem pagar o uso nem do Machadão e menos ainda do Humberto Nesi. Todavia, basta acender a iluminação de uma arena dessas por uma noite e o dinheiro apurado pago pelo serviço raramente cobria a despesa com a COSERN.
Desabafo, apenas para ajudar a refletir essa questão, a meu ver desafiadora para Natal e todos os envolvidos".CLIQUE AQUI para ler a nota que originou este comentário.
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