quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Comentário: A cartada final


De bem intencionados, o cemitério está cheio – diz o provérbio popular.
Mas, sempre vale a pena ter esperança.
Foram estes dois pensamentos que me vieram à mente na manhã desta terça-feira, dia 26/2, quando li a nota emitida pelo ministro Garibaldi Filho (PMDB), deputado Henrique Alves (PMDB), senador José Agripino (DEM), deputado João Maia (PR) e deputado Ricardo Mota (PMN).
Essas cinco lideranças, pela primeira vez (que eu me lembre) na história política do RN, decidiram arquivar (claro, por enquanto) seus projetos pessoais em nome dos interesses maiores do Estado.
Isto é: Adiaram a discussão em torno da próxima eleição  e optaram por juntar suas forças políticas em defesa de soluções estruturantes e administrativas de que está carecendo o Rio Grande do Norte.
- Em nenhum momento de nossa história recente – disseram – tantos potiguares ocuparam funções cuja importância pudesse determinar mudanças estruturantes no processo de desenvolvimento do RN.
E completaram (em outras palavras, claro):
- Vamos aproveitar este momento.
Garibaldi (ministro), Henrique (presidente da Câmara e o 2º  na linha de sucessão da Presidência da República), Agripino (presidente nacional do DEM), João Maia (presidente estadual do PR) e Ricardo Mota (presidente estadual do PMN) convocaram os demais partidos a vestirem a mesma camisa do RN junto ao governo federal.
Infelizmente, não será fácil conquistar essa adesão. Mas, também não é impossível. Nunca, como agora, o RN precisa tanto de que os interesses pessoais de gregos e troianos, sejam relegados. Se as demais lideranças ouvirem o clamor de quem tá doente e não é atendido; de quem está inseguro e não tem como se proteger; de quem tá desempregado e sem esperança, aí não terão nem o que discutir. “União já!” em favor de desenvolvimento.
O problema  é que o egoísmo parece ser algo inerente à atividade política. Quase sempre, quem tá no governo, quer esmagar a oposição;  quem tá na oposição, quer que o governo fracasse, sem ligar para a verdade maior de que é o povo, especialmente o mais pobre (a maioria) quem acaba tendo que pagar a conta.
Ainda é muito cedo para dizer se essa saudável proposta de união política (não é uma união eleitoral) conseguirá avançar e se concretizar. Agora, para o RN, uma coisa é certa: Esta é a cartada final. 

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