quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O "pulo do gato" de Robinson

Nesse episódio envolvendo o governador Robinson Faria e o deputado estadual José Dias, o que me chama a atenção é a convicção com que os meios de comunicação avaliam a suposta e “inquebrantável” amizade entre os dois.
Aliás, confesso, era assim que eu também os via. Pareciam, na realidade, como se diz no linguajar popular, “unha e carne”.
Avaliando, porém, os últimos acontecimentos e, não apenas, o que as pessoas falam, pra mim, na realidade, todos fomos enganados.
Por que?
Explico:
Um amigo não está obrigado a pensar como o outro pensa; muito menos fazer que o outro faz; torcer pelo time que o outro torce; votar no candidato em quem o outro vota.
Um amigo não tem a obrigação de ser igual ao outro. Agora, uma coisa um amigo não aceita no outro: É ser enganado.
No caso Robinson x José Dias, o governador não se militou a enganar o deputado: o usou para enganar outras pessoas.
Ou, trocando em miúdos: Robinson não estava obrigado a seguir a posição de José Dias no tocante a qualquer assunto, muitos menos sobre a eleição para a presidência da Assembleia. Mas, não tinha o direito de induzir o deputado a julgar que contava com o seu apoio.

Um amigo verdadeiro não esconde o jogo para o outro. Ou seja: Amigo não precisa dar “o pulo do gato”.

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