Nesse
episódio envolvendo o governador Robinson Faria e o deputado estadual José
Dias, o que me chama a atenção é a convicção com que os meios de comunicação
avaliam a suposta e “inquebrantável” amizade entre os dois.
Aliás,
confesso, era assim que eu também os via. Pareciam, na realidade, como se diz
no linguajar popular, “unha e carne”.
Avaliando,
porém, os últimos acontecimentos e, não apenas, o que as pessoas falam, pra
mim, na realidade, todos fomos enganados.
Por que?
Explico:
Um amigo não
está obrigado a pensar como o outro pensa; muito menos fazer que o outro faz;
torcer pelo time que o outro torce; votar no candidato em quem o outro vota.
Um amigo não
tem a obrigação de ser igual ao outro. Agora, uma coisa um amigo não aceita no
outro: É ser enganado.
No caso
Robinson x José Dias, o governador não se militou a enganar o deputado: o usou
para enganar outras pessoas.
Ou, trocando
em miúdos: Robinson não estava obrigado a seguir a posição de José Dias no tocante
a qualquer assunto, muitos menos sobre a eleição para a presidência da
Assembleia. Mas, não tinha o direito de induzir o deputado a julgar que contava
com o seu apoio.
Um amigo
verdadeiro não esconde o jogo para o outro. Ou seja: Amigo não precisa dar “o
pulo do gato”.
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