O cardeal arcebispo de Caracas, Dom Jorge Urosa Savino, afirmou considerar que a condenação do líder oposicionista venezuelano, Leopoldo López, a 14 anos de prisão constituiu um aviso do regime de Maduro de que não aceita qualquer tipo de dissidência nem "de oposição justa, pacífica e democrática".
Só agora tomei conhecimento desse corajoso gesto, lendo uma análise do jornalista argentino Marcelo Cantelmi, disponível no portal de El Clarin, sobre a importância política da viagem que o Papa Francisco inicia neste sábado a Cuba e aos Estados Unidos.
Urosa, único cardeal vivo da Venezuela, integrou o conclave em que o Pontífice foi eleito, dificilmente deixaria de ter submetido essa manifestação, primeiro à liberação do Papa.
Cantelmi lembra que não foi à toa que, em junho último, o presidente Maduro teve que alegar uma gripe para cancelar uma audiência que solicitara ao Sumo Pontífice.
Segundo ele, a gripe apareceu depois de ter sido informado que, na pauta de Sua Santidade, estava incluída a questão dos direitos humanos na Venezuela.
Assinala ainda o jornalista argentino que, em sua recente viagem ao Paraguai, Equador e Bolívia, o próprio Francisco externou sua crítica ao "personalismo" e ao afã de sedimentar "uma liderança única".
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