Sempre evito condenar quem quer que seja, mas não me calo na explicitação das minhas dúvidas.
Por exemplo:
Não entendo porque o governo, não apenas o atual, mas todos, nunca hesitam em procurar tirar sempre mais um pouco de quem já não suporta mais pagar tanto - o trabalhador assalariado.
Não apenas não hesita, mas fica surdo diante das indicações de que existem alternativas que podem levar a uma condição de maior justiça social.
Ontem, no Senado, outra voz de dentro do governo, advertiu:
- A proposta de ajuste fiscal leva á recessão, ao desemprego e ao arrocho salarial.
Isso vem sendo dito e repetido com firmeza e, muitas vezes até com angústia, por gente do próprio governo ou de sua própria base política.
Estou me referindo agora ao petista do RS, Paulo Paim.
E ele sugere - como outros já o fizeram (sempre em vão):
- Em vez disso, em vez da recessão, do desemprego e do arrocho salarial, por que não taxar as grandes fortunas e heranças como se faz em países civilizados?
Tudo bem. O governo não é obrigado a seguir a sugestão de ninguém. Mas, deveria, pelo menos, explicar porque não faz isso.
Segundo Paulo Paim, somente com a taxação das grandes fortunas em 1%, daria ao governo um incremento na arrecadação correspondente a 4% do PIB, cerca de 60 bilhões de reais.
Mas, não. Isso o governo não faz. Prefere a CPMF, que é uma porrada em cima do mais fraco, e que, da forma como proposta, projeta um acréscimo de 30 bilhões de reais na arrecadação, de acordo com os números colocados em seu discurso de ontem pelo senador gaúcho.
Sei não.
Ah, sim: Um resumo do pronunciamento do senador Paim a que me refiro, feito pela Agência Senado, está na sua página na Internet.
Foto: Reprodução/Internet
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