O governador Robinson Faria entra no seu quarto ano de governo devendo, por baixo, duas folhas e meia de pagamento aos servidores, fora o rombo que fez na Previdência, fora o caos na saúde e na segurança pública.
Quais são as duas folhas e meia de pagamento aos servidores?
Um pedaço de novembro, todo mês de dezembro e o 13º salário.
O caos na saúde e na segurança pública é indimensionável.
E o governador, que se elegeu garantindo que era um grande administrador, um grande estudioso da gestão pública, três anos depois de ter assumido, ainda vem dizer que não tem culpa de nada, que a crise caiu no seu colo, que é tudo culpa dos outros.
Todos sabemos que, na campanha de 2014, a situação do estado - por uma série de fatores - era extremamente difícil.
Mas, ao discurso de que tais dificuldades sugeriam que o RN tinha que unir forças políticas para poder enfrentá-las com alguma chance de superação, Robinson e seus aliados do PT respondiam:
- Essa história de união é conversa fiada. O que eles querem é um acordão.
E o resultado aí está. O caos. Total, completo, absoluto, jogando o Estado na pior situação de sua história. Pedindo esmola só pra pagar os salários atrasados.
Sem uma medida de correção, sem uma providência, sem um rumo.
Mesmo que a esmola venha - o que eu até desejaria pela situação de quem está sem receber - mas, estou certo de que, muito, muuuuuito dificilmente poderá vir.
Pois bem. Mesmo que venha, só resolverá o problema do momento. Paga o atrasado. Mas, e depois?
E os próximos salários? Como poderão ser pagos, se o governo Robinson simplesmente empurrou o estado para o atoleiro em que se encontra e não tem forças para retirá-lo?
Não existe, infelizmente, da parte do governador um gesto, uma atitude, uma providência que indique sua disposição de buscar uma solução. A única saída que ele enxega é a da esmola.
Para completar, pela voz de Miriam Leitão, o Brasil rico já começa a cobrar: "O governo federal tá gastando muito para garantir a segurança do RN e para neutralizar a incompetência e os desmandos do seu governador".
Não vou dizer que a jornalista está mentindo. Mas, certamente adota uma postura discriminatória contra um estado pobre, mas que merece respeito, embora, circunstancialmente, esteja sob o comando de um governo, no mínimo, despreparado.
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