Tenho pra mim que, ao atacar o vice-governador Fábio Dantas, na entrevista que concedeu na semana passada ao Jornal de Fato, o governador Robinson Faria, na realidade, deixou claro o tom que pretende dar à sua campanha de reeleição. Se houver.
Ninguém pense que ficará na defensiva, procurando se explicar diante do discurso oposicionista de que o seu governo está sendo um desastre.
Pelo que entendi, ou melhor, pela interpretação mais racional que pude fazer das afirmações de sua excelência, Robinson ainda se acha o melhor governador da história do Rio Grande do Norte e, na campanha, pretende se apresentar como uma vítima da oposição.
Exatamente por isso, não perdeu a chance de aproveitar a oportunidade que lhe deu o repórter ao lhe indagar sobre as críticas que lhe tem feito o vice, Fábio Dantas:
- Ruim comigo, pior com ele - proclamou em outras palavras, ao acusar o vice-governador de defender a demissão de 20 mil servidores públicos como forma de enfrentar o desequilíbrio financeiro que o Estado atravessa.
Na realidade, esse desequilíbrio não é de hoje nem de ontem, mas só tem se agravado sob a sua gestão e, pior, sem a menor perspectiva de que poderá ser revertido.
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