A reunião do Brasil será a 11ª da história do grupo de países.
Segundo o portal, a correspondência lhe foi encaminhada como complementação à sua cobertura da 10ª reunião realizada dias 26 e 27 (ontem e hoje, portanto), em Johanesburgo, na África do Sul.
Na cobertura, a BBC diz que, em final de mandado e com baixa popularidade, o presidente Temer não pôde tirar proveito político do encontro.
Em sua correspondência, depois de assinalar que a matéria traz análises sem fundamento, "com evidente viés ideológico", Márcio assinala que, ao contrário, o Brasil conseguiu tudo que pretendia durante o encontro.
- O Brasil - enfatizou - apresentou três propostas específicas para a décima Cúpula do Brics. em Joanesburgo, África do Sul, todas acolhidas e provadas pelos líderes;
E enumerou: 1) acordo de sede para o escritório nas Américas do Novo Banco de Desenvolvimento (o Banco do Brics), que será instalado no Brasil; 2) criação da rede de parques tecnológicos do Brics; e 3) memorando sobre parceria em aviação regional.
Segundo acrescentou, "são todas iniciativas que interessam concretamente à sociedade brasileira, que se traducirão em mais investimentos, em mais negócios, em mais competitividade".
- Um outro objetivo brasileiro na cúpula, plenamente cumprido, foi transmitir forte mensagem de responsabilidade e de abertura, de apego ao multilateralismo e ao diálogo, em momento internacional de tendências isolacionistas e protecionistas.
Para ele,"a décima cúpula do Brics foi um êxito, não só do ponto de vista dos temas econômicos, mas também dos temas políticos e culturais".
TUDO PELA ÁFRICA
O portal do Palácio do Planalto publicou, nesta sexta-feira, a seguinte nota sobre o último dia da cúpula:
O Governo do Brasil defendeu, durante a última reunião entre os chefes de Estado e de governo do Brics, que o grupo seja um "aliado no desenvolvimento da África". O encontro reuniu, na manhã desta sexta-feira (27), os representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de líderes africanos (Brics Outreach) e de fora da região (Brics Plus).
Para o presidente da República, Michel Temer, as parcerias com o continente africano são uma prioridade permanente. "Queremos que a agenda do Brics para a África seja tão intensa quanto intensa é a ligação histórica e afetiva do Brasil com este continente", afirmou em discurso. No caso do Brasil, as cooperações com o continente incluem ações em áreas como a tecnologia e a saúde. Uma delas é o novo centro de treinamento da Embraer, que será inaugurado em breve em Joanesburgo, capital da África do Sul. Com equipamentos de última geração, o centro formará profissionais de toda a África.
Recentemente, o País auxiliou a construção, em São Tomé e Príncipe, de um laboratório que reduzirá o tempo para o diagnóstico da tuberculose no país. Agora, a prioridade do Brasil junto aos países do Brics, é a criação do Centro de Pesquisa em Vacinas, na África do Sul. O objetivo é contribuir para a redução da dependência de fabricantes tradicionais de vacinas.
Nos últimos anos, o Brasil ainda assinou acordos de investimentos com Moçambique, Angola, Malawi e Etiópia. Em setembro do ano passado, entrou em vigor o Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e o Egito.
Além de expandir os acordos econômicos com países da África, o Brasil vai cooperar com a promoção da paz e da segurança no continente. Para isso, o País apoia a proposta da África de Sul de criar, no Brics, o Grupo de Trabalho sobre Manutenção da Paz.
CLIQUE AQUI para ler a reportagem da BBC.
Participaram os presidentes do Brasil, Rússia, India, China e África do Sul (Foto: Cesar Itiberê/PR) |
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