O escritor brasileiro Malba Tahan (Júlio César de Mello e Souza) incluiu no seu livro "O homem que calculava), cuja primeira edição saiu em 1938 pelo Editora Record, a seguinte lenda:
"Conta-se que o jovem Tzu-Chang dirigiu-se um dia ao grande Confúcio e perguntou-lhe:
- Quantas vezes, ó esclarecido filósofo, deve um juiz refletir antes de sentenciar?
Respondeu Confúcio:
- Uma vez hoje; dez vezes amanhã.
Assombrou-se o príncipe Tzu-Chang ao ouvir as palavras do sábio. O conceito era obscuro e enigmático.
- Uma vez será suficiente - elucidou com paciência o Mestre - quando o juiz, pelo exame da causa, concluir pelo perdão. Dez vezes, porém, deverá o magistrado pensar, sempre que se sentir inclinado a lavrar sentença condenatória.
E concluiu com sua incomparável sabedoria:
- Erra, por certo, gravemente, aquele que hesita em perdoar; erra, entretanto, muito mais ainda aos olhos de Deus, aquele que condena sem hesitar".
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