O Rio Grande do Norte está sofrendo da síndrome da "farinha pouca".
Antigamente, nos nossos sertões, quando grupos ou pessoas se desentendiam por dificuldades financeiras, a explicação era a disputa pela parte de cada um.
- Farinha pouca, meu pirão primeiro - era a explicação atribuída ao mais guloso.
Cada um brigava pela sua parte, temendo que, os primeiros que chagassem levassem tudo e nada sobrasse para os mais lentos.
Assim está o Rio Grande do Norte em matéria de administração pública nos últimos anos.
O executivo, que é o responsável por cobrar a contribuição de todos e por sua posterior gestão e/ou distribuição, culpa a ganância dos mais fortes, pelo pouco que sobra para prover os demais - pobres mortais que precisam de educação, saúde, segurança, estrada, limpeza, saneamento e outros serviços públicos.
Estariam gastando demais os poderes Legislativo e Judiciário, bem como órgãos auxiliares tipo Tribunal de Contas e Ministério Público.
Teoricamente, são esses poderes que têm a sua parte assegurada.
Ao que se afirmava, essas despesas aqui, quando comparadas com as do Estado vizinho da Paraíba, eram alarmantes.
Hoje, porém, reportagem na edição impressa da Tribuna do Norte, revela que a diferença não chega a 3 por cento.
Claro, 3% de cem é uma coisa; de mil é outra e de bilhões então - nem se fala.
Mas, pelo que se dizia, algo capaz de explicar o inacreditável e descontrolado desequilíbrio das contas públicas do RN, o monstro é muito menos feroz do que o proclamado.
Vamos ver como a governadora eleita Fátima Bezerra vai procurar enfrentá-lo.
Há sinais do seu desejo de conseguir reduzir tal custo mesmo que não alcance a proporção que se supunha.
Há sinais (também) de que isso não será nada fácil.
Vamos esperar pra ver.
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