Em sua página no Facebook, o cantor, compositor e apresentador de TV Fernando Luís escreveu:
- Terça-feira passada, na entrega do Prêmio Hangar a um dos ganhadores, Rodrigo Bico, ex-presidente da FJA fez um pequeno discurso, no qual afirmou que "música de consumo não é música de qualidade".
Achei aquilo um absurdo por duas razões: primeiro, alguém que já foi gestor de uma entidade como a FJA não pode fazer uma afirmação como esta, pois a meu ver, isto representa um desrespeito aos artistas populares; segundo porque todos sabem que cada cidadão ter a liberdade de exercitar sua criatividade de acordo com sua vontade e seu potencial.
A arte de consumo, no que diz respeito à Música, muitas vezes permite que a arte denominada "requintada" encontre espaço para ser divulgada.
Quem leu o livro "Eu não sou cachorro não", do jornalista Paulo Cezar Ribeiro, sabe que durante mais de uma década, artistas populares como Odair José, José Augusto, Agnaldo Timóteo, Fernando Mendes e Evaldo Braga,deram lucros extraordinários às suas gravadoras, permitindo a estas lançar artistas como Milton Nascimento, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gonzaguinha e outros, cujos discos custavam caríssimos, vendiam pouco, davam prejuízo, mas precisavam vender pois seus trabalhos eram importantes para a sobrevivência da MPB.
Rodrigo Bico perdeu uma excelente oportunidade de ficar de BICO calado.
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