segunda-feira, 4 de junho de 2018

Acredita? Fátima torce para "perder"

Pra mim, parece não haver dúvida que a senadora Fátima Bezerra (PT) está se colocando como pré-candidata ao governo do RN por uma imposição partidária.
Do mesmo modo, não acredito que ela não perceba que, sendo eleita, perderá espaço político. 
Entre estar senadora ou estar governadora de um Estado liquidado como o Rio Grande do Norte - vai uma grande diferença.
Imagine-se, Fátima, sem nenhuma experiência administrativa, eleita governadora e recebendo um Estado com salários atrasados e com todas as suas receitas num futuro próximo já consumidas pelo governador que sai.
Coitada.
Ou seja: Logo no primeiro mês de governo, passará a ser sua a responsabilidade pelo pagamento de 3 meses de salários - o do mês, mais, no mínimo, o 13º do ano anterior e a folha de dezembro. E olhe lá, se nessa relação, não tenha que incluir, também, o mês de novembro.
O desgaste será imediato. Não apenas perante a opinião pública, mas, principalmente, dentro do próprio partido que, hoje, lhe exige que seja candidata. Claro, para o PT, a Fátima de hoje, senadora, sempre valerá muito mais do que a Fátima governadora de um estado fragilizado, sem recursos, com salários atrasados, com débitos impagáveis com a sua própria Previdência Social, saúde estraçalhada e a segurança pública sem meios para enfrentar e vencer o controle do crime organizado.
Minha impressão é de que esse é o cenário enxergado pela própria senadora Fátima, uma política calejada, com muitos anos de estrada percorrida, mas que não teve um dia sequer de experiência no campo administrativo.
Aceitando ser candidata, ela cumpre a missão partidária de ampliar o espaço petista no espaço proporcional - este sim, no momento, o grande desafio do PT - fortalecer-se politicamente no Congresso Nacional, de preferência com ela própria permanecendo no Senado. Ou seja: perdendo a eleição para o governo. 

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