Jornalista
Os gestores das escolas de Ensino Médio em Tempo Integral estão cobrando do Governo do Estado agilidade na aprovação do Projeto de Lei complementar n.º 214/2018-GE, que regulamenta a modalidade de ensino no RN, já oferecido desde 2017.
O PL encontra-se na Assembléia Legislativa, desde 4 de julho de 2018, mas foi retirado de pauta sob a justificativa de que precisava de análise, sendo encaminhado para correções de alguns itens, mas desde então não avançou dentro da Casa.
A matéria cumpre uma exigência do Ministério da Educação (MEC), que, em 2017, fixou o prazo de três anos para que os estados publicassem regulamentação sobre o tema.
Reunidos, no último dia 26 de abril de 2019, numa formação do ICE (Instituto de Corresponsabilidade pela Educação), ocorrida no Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy e na Escola Estadual Professor Edgar Barbosa, os gestores das 40 escolas em tempo integral sentiram a necessidade de criar uma comissão para agendar uma audiência com o secretário de Educação, Getúlio Marques, para debater como ficará a situação das escolas em tempo integral no Estado.
Conduzida pelo professor Luiz Gonzaga Oliveira Filho, diretor da Escola Estadual em Tempo Integral Clara Teteo, a reunião serviu para esclarecer aos demais gestores das escolas que passaram a ser integral neste ano sobre a situação atual e garantir que não haja desmonte do modelo pedagógico da “Escola da Escolha”, do ICE, que vem apresentando resultados satisfatórios para a educação potiguar nas escolas em tempo integral do RN.
“Já foi comprovado que o modelo da Escola da Escolha proporciona resultados significativos para nossos alunos, além de ser as escolas que mais aprovam no ENEM”, defendeu um dos gestores, acrescentando que também educa o estudante a buscar seu projeto de vida, a tornar seus sonhos em planos, deixando-o autônomo, solidário e competente.
A Escola da Escolha oferece uma metodologia exitosa que fortalece a aprendizagem nos conteúdos da BNCC (Base Nacional Curricular Comum), e dentro de sua rotina garante o monitoramento da aprendizagem do aluno, proporcionando-o nivelamento dos conteúdos não aprendidos. Além disso, o modelo oferta formação continuada para a equipe escolar. Os professores recebem gratificação para permanecerem numa jornada de 40 horas semanal. Um outro ponto abordado na reunião foi o fato dessa gratificação não se estender aos gestores, os quais ficam com uma grande demanda de trabalho. O gestor escolar é o responsável por todos os resultados, indicadores, documentos, prestações de contas, processos pedagógicos, entre outros.
Na ocasião, foi criada uma comissão para encaminhar as reivindicações da categoria para a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC), que ficou definida com os seguintes nomes:
Francisco Ferreira Dantas Junior (gestor da EETI José Francisco - Poço Branco/RN), Cláudia Dantas Cartaxo Soares (EETI Winston Churchill - Natal/RN), Luiz Gonzaga Oliveira Filho (EETI Professora Clara Teteo - Macau/RN), Rômulo Estanrley Souza de Medeiros (EETI Alfredo Mesquita Filho - Macaíba/RN), Vanúsia Leandro Avelino (EETI Hilton Gurgel de Castro - São José de Mipibu) e Túlio Gabriel Dantas Cortês (EETI Professora Iracema Brandão de Araújo - Acari/RN).
Reunião foi na sexta-feira, dia 26 |
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