Banco Central: Aumento da energia acelera inflação mas favorece ajuste fiscal

Em pronunciamento que fez na noite de ontem, por ocasião da 15ª edição do Prêmio Valor 1000, do jornal Valor Econômico, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o aumento do custo da energia favorece o ajuste fiscal.

Frisou que só em 2015 os preços da energia elétrica, refletindo os custos envolvidos no setor, subiram aproximadamente 50%.

Tombini reconheceu que “a correção desses preços teve como efeito uma forte alta da inflação, mas, por outro lado, reduziu as expectativas futuras desses preços, contribuindo com isso para a convergência das expectativas de inflação num horizonte mais longo”.
O presidente do Banco Central deixou claro que ainda resta muito a fazer.
- A construção de um futuro mais próspero -assinalou - requer ações em outras frentes, de forma a superar gargalos estruturais à produção, acelerar a taxa de crescimento da produtividade e ampliar a oferta da economia.
E prosseguiu:
- Entre essas ações pode-se destacar: o programa de concessões para melhoria e a expansão da infraestrutura; programas voltados ao desenvolvimento do capital humano; e reforma microeconômicas destinadas a melhorar o ambiente de negócios no País.
De acordo com Alexandre Tombini, "a inflação acumulada em 12 meses deverá atingir seu pico neste trimestre (julho, agosto, setembro) e permanecer elevada em 2015, demandando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos".
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