O governo Fátima está com duas histórias sobre o suposto "dinheiro novo" que espera conseguir - via empréstimo bancário - dando como garantia a receita dos royalties do petróleo e do gás prevista para o período de agora até 2022.
O sonho do governo é obter uns 315 milhões de reais pelos 400 milhões previstos como receita resultante desses royalties, nesse período - de 2019 a 2022.
Ou seja, só de juros já se vão 85 milhões de reais.
É importante frisar, entretanto, que essa antecipação ainda é uma mera suposição.
Essa é que é a realidade.
Ainda terá que haver um leilão para que os bancos interessados - caso existam - apresentem as suas propostas.
Ou seja: quanto oferecem pelos 400 milhões de previsão de receita - via royalties - até 2022.
O próprio governo sabe que não tem nada certo e apresenta como exemplo a recusa dos bancos em fazer proposta numa tentativa semelhante feita pelo governo de Sergipe no mês passado.
Mas, mesmo assim, ou seja, mesmo sem se saber com certeza se esse dinheiro, digamos, realmente "vai nascer", uma hora o governo diz que vai usá-lo de um jeito; e na outra diz que vai usar de outro.
E explico:
Quando deu entrevista, ontem, na Tribuna do Norte, sobre o assunto, o secretário de Planejamento e Finanças, Aldemir Freire. disse que ia usá-lo para abater parte dos salários atrasados.
Ontem mesmo, quando falou para o próprio portal do governo, já disse outra coisa. Afirmou que esses 315 milhões seriam usados para recomposição do Fundo Previdenciário, onde a gestão anterior deixou um grande rombo.
Quer dizer:
São duas histórias para uma mesma quantidade (insuficiente) de dinheiro: 315 milhões.
Tanto num caso como no outro, esses 315 milhões, que ainda precisam "nascer", são insuficientes. Nem dão para pagar a conta dos salários atrasados, que chega perto de R$1 bilhão; nem para acertar a outra - a do rombo na Previdência que chega quase ao mesmo valor.
Resumindo: Pra mim, o governo tá perdido como cego em tiroteio.
Torço pra que o Rio Grande do Norte dê certo e, por isso, ficarei muito feliz se estiver errado nessa avaliação.
E torço também pra que o governo logo se livre dessa enrascada.
Na realidade não existe absolutamente nada de concreto nessa pretensão do governo, pois até o momento nenhum instituição financeira demonstrou interesse nessa operação.Só nos resta aguardar. Smj
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